Escolas realizam programação especial no mês da Consciência Negra

As escolas da rede estadual de ensino estão desenvolvendo uma programação especial com diversas ações para marcar o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. A data, que lembra a morte do líder Zumbi dos Palmares, gera uma série de atividades no mês denominado de Novembro Negro e estimula junto à comunidade estudantil, o debate e a reflexão sobre a temática étnico-racial.

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É o caso do Colégio Estadual Renan Baleeiro, localizado no bairro de Águas Claras, em Salvador. Nesta sexta-feira (08/11), a unidade escolar realiza o  I Encontro: Aonde o Samba me Leva. Serão realizadas palestras e oficinas que abordam assuntos relacionados ao tema. “Vamos ter uma fala de abertura para destacar a importância dos 10 anos da Lei nº 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino da História Afro-brasileira nas redes de ensino público. Além disso, vamos ter a apresentação da dissertação de Mestrado, da professora Rosânia Amorim, intitulada Construção de Identidade Etno-Cultural utilizando leituras de Samba de Roda: Uma Prática Pedagógica Inovadora”, explica o diretor da unidade escolar, José Mário Zeferino.

Durante a programação, os estudantes também participam de apresentações de samba de roda, desfiles e exposições. “Esse trabalho é realizado durante todo o ano, mas, no mês de novembro é que são apresentados os resultados. É fácil perceber que os alunos já se reconhecem como afrodescendentes e que são importantes para a sociedade”, destaca a professora Andrea Senhorinho, organizadora do projeto.

A estudante do 6º ano, Andressa Andrade, fala da participação no projeto. “Com essas experiências, eu aprendo muito mais, porque somos expostos a diversos conhecimentos que facilitam nossa compreensão”, ressalta.

No Colégio Estadual Rubem Nogueira, do município de Serrinha, os estudantes também participam, no dia 14/11, de diversas atividades como: desfile, dança afro e hip-hop. A professora de Filosofia e Artes, Núbia Nadja, destaca o objetivo do evento. “A ideia é resgatar a identidade afrodescendente como motivo de orgulho e como parte fundamental na história do País. Isso vai ao encontro da Lei nº 10.639/2003 que faz parte do nosso currículo escolar”.

Muito entusiasmada, a estudante Rafaela Silva, do 1º ano do ensino médio, destaca como estas ações contribuem para promover a igualdade étnico-racial. “Vou participar dançando a música Pérola Negra. Junto com a professora, escolhemos o figurino e penteado. Vai ser tudo muito Black”. E conclui: “O mais legal é que nunca vi tanta gente querendo participar. É importante valorizarmos o negro na sociedade”.

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