Estudantes celebram o Dia Mundial da África

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O Dia Mundial da África, celebrado neste 25 de maio, foi comemorado pela comunidade escolar com diferentes atividades. No Colégio Estadual Professor Edgard Santos (CEPES), no município de Governador Mangabeira, a live “Outros olhares sobre a África” teve a participação especial de Juvenal de Carvalho Conceição, doutor em História e professor de História da África da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB).

O educador ressaltou a necessidade de ressignificar as representações sobre o continente como um lugar de fome, miséria,  pobreza e destruição. “Estas  informações difundidas no decorrer da história escondem e distorcem a realidade complexa, rica e diversificada do continente que não é e nunca foi uma coisa só. Seja do ponto de vista econômico, político,  social, linguístico ou religioso, a África é diversificada e complexa. Daí insisto em falar de Áfricas, sempre no plural”, afirmou.

Durante a sua explanação, o professor Juvenal de Carvalho foi enfático: “O Brasil é um país inventado pela invasão colonial portuguesa e foi construído pelo suor e sofrimento dos povos indígenas e africanos que aqui foram escravizados. A presença africana deixou marcas profundas nos costumes, nas crenças, nos valores e na linguagem. Não é possível conhecer a nós mesmos, saber e entender quem somos, sem conhecer a África”, defendeu.

A diretora de Currículo da Secretaria da Educação do Estado (SEC),  Jurema Brito, falou sobre a necessidade desta abordagem no currículo escolar. “Considerar o Dia da África deve ser parte integrante do trabalho pedagógico anual das escolas baianas, pautado em um currículo que resgate e reconheça os saberes, os conhecimentos e as produções africanas. Os estudantes baianos têm o direito de reconhecer a sua história ancestral, rica e potente”.

O professor de História do CEPES, Luís Carlos Borges, também falou sobre a simbologia da data. “Falar sobre o tema e comemorar esta data é uma tradição do colégio. Abordamos a História e as culturas afro-brasileira e africana em nosso currículo para ofertar visibilidade e propiciar um debate sobre o tema no ambiente escolar.” A estudante Juliana Passos dos Santos, 17, por sua vez, disse que a live foi enriquecedora. “É essencial estudar a África e refletir sobre as imagens criadas sobre o continente. Aprender sobre o tema nos remete à nossa história e contribui para que tenhamos um olhar mais amplo sobre o continente“

 

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