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Experiências educacionais conquistam Prêmio Boas Práticas do Governo da Bahia
O analfabetismo entre os internos do presídio Advogado Nilton Gonçalves, no município de Vitória da Conquista, foi zerado graças ao projeto ‘Celas de aula: para uma Educação ao alcance de todos’, que venceu em primeiro lugar na sétima edição do Prêmio Boas Práticas Públicas, realizado elo Governo do Estado. Outra experiência vitoriosa, também voltada para a área educacional, foi o ‘Programa de Organização do Trabalho Escolar’, desenvolvido pela comunidade escolar do Colégio Estadual Amélia Amado, na cidade de Jussari, que ficou em terceiro lugar, entre os dez vencedores em toda a Bahia.
A experiência de ampliar o acesso à educação no presídio Advogado Nilton Gonçalves, teve início em 2010. Em quatro anos e meio de implantado, 419 presos foram beneficiados e, atualmente, 187 internos estão matriculados e estudando regularmente. “Os resultados positivos são comprovados, também, nos 600 pontos de média na Redação e 510 nas provas do Exame Nacional do Exame Médio (Enem). Além do mais, hoje, eles têm uma ótima relação entre si e com os nossos servidores”, destaca Alexandro de Oliveira e Silva, diretor do presídio.
Alexandro Silva lembra que, quando o projeto começou em 2011, dos 300 internos, apenas 19 estudavam e mais de 48% dos apenados eram analfabetos. “Já que não podíamos levar os presos para as salas de aula pela falta de infraestrutura física, levamos os professores para os pátios e celas, alcançando um número de quase 80% de presos estudando”, recorda o gestor, completando que, em 2011, foi implantado o projeto Todos pela Alfabetização (Topa), da Secretaria da Educação do Estado, certificando, ao final daquele ano, 114 internos.
Escola pública
A experiência da comunidade escolar do Colégio Estadual Amélia Amado, em Jussari, também foi reconhecida como uma boa prática, cujo objetivo foi construir, através da participação de estudantes, professores, gestores, funcionários e familiares de alunos, uma nova forma de funcionamento da escola. “O nosso projeto, implantado há três anos, deu certo porque trouxe mudanças positivas de comportamento no ambiente de estudo/trabalho. Com o programa, desenvolvemos ações de conscientização que promovem a manutenção, a limpeza, a saúde e a autodisciplina. Com o projeto foi possível ordenar, limpar e manter a limpeza no ambiente escolar, estimulando a auto-disciplina no local”, afirmou o diretor da unidade e idealizador do projeto, professor Davi Assis.
A estudante do 2º ano e líder de classe, Ivone dos Santos, 18 anos, relata que o programa vem contribuindo para que a comunidade escolar viva um ambiente mais agradável e tornando o estudante um cidadão mais consciente. “As ações do projeto influenciaram no meu cotidiano e contribuíram para que meus hábitos em casa fossem alterados. Hoje, realizo a seleção do lixo para reciclagem, economizo água e não desperdiço alimento”.
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