Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação

Diferentes sotaques podem ser ouvidos nas salas e corredores do Colégio Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador. Universitários estrangeiros de países como Chile, Argentina, Espanha, Egito, México, Noruega e Inglaterra, estão participando do cotidiano escolar, trocando experiências com os estudantes baianos, por meio do projeto Gira Mundo, que promove o intercâmbio e o desenvolvimento de lideranças entre jovens do mundo todo, estimulando o voluntariado. Esta ação se enquadra no Programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação que visa à formação de uma rede de parcerias pele melhoria da educação pública na Bahia.

"É muito interessante porque a gente aprende sobre a cultura deles e eles sobre a nossa", estudante Luan Freire

Os estrangeiros estarão na escola até o dia 12 de agosto, participando de oficinas de integração, que abordam temas como sustentabilidade, empreendedorismo, direitos humanos e multiculturalismo. A experiência possibilitará que os estudantes do Colégio Ruy Barbosa tenham contato com diferentes línguas, culturas e costumes. Luan Vitor Freire, 13 anos, estudante do 8º ano, está empolgado e quer aproveitar, ao máximo, para aprender com os universitários estrangeiros. “É muito interessante porque a gente aprende sobre a cultura deles e eles sobre a nossa e, com isso, nós ficamos mais ligados no que acontece não só aqui no Brasil, mas no mundo”, acredita.
 
Na primeira atividade realizada, os estudantes fizeram desenhos para expressar como percebem o Brasil e o mundo. “Fiz uma pintura sobre os Estados Unidos, África, França e Egito e compartilhei com os colegas a minha visão”, contou Brenda Silva, 14 anos.

“O pouco que estamos ensinando vai fazer uma grande diferença na formação de vida deles", estudante mexicana Maricarmem Ângulo

O processo de ensino e de aprendizagem é recíproco, como afirma a  mexicana Maricarmem Ângulo, 19 anos. “Vai ser um prazer passar um pouco da minha cultura e conhecer os costumes brasileiros”, destacou a estudante de negociações internacionais. Ela disse que se sentiu acolhida pelos baianos e gostou muito da comida e a dança. Já o espanhol Albert Bosch, 24 anos, estudante de biomedicina, ressaltou a importância de poder contribuir para o aprendizado dos alunos: “O pouco que estamos ensinando vai fazer uma grande diferença na formação de vida deles, pois estão tendo contato com diferentes culturas”, explicou.

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De acordo com a diretora da unidade escolar, Maria Eugênia Ribeiro, o Projeto Vira Mundo irá proporcionar aos estudantes uma experiência única e enriquecedora, ao vivenciarem novas realidades. “As diferentes linguagens e idiomas não foram barreiras para a integração entre eles, e, sim, um atrativo”, acredita.