Ações ampliam autonomia de estudantes cegos

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Foto: acervo pessoal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os cursos de braile e o de informática são algumas das ações pedagógicas que contribuem para a formação e autonomia dos estudantes do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual Jonathas Telles de Carvalho, em Feira de Santana, unidade da Secretaria da Educação do Estado da Bahia. No Centro, cada vez mais, os estudantes estão sendo envolvidos em atividades fora das salas de aula para que possam interagir com a comunidade e ampliar a autonomia.
 
Por meio do projeto de combate ao Aedes aegypti, os estudantes foram às ruas para distribuir panfletos e sensibilizar a comunidade vizinha da unidade escolar sobre o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e da chikungunya. “Nós fazemos o treinamento no Centro e, quando os estudantes estão seguros, vamos para a rua para que eles, munidos com suas bengalas, realizem outras atividades comuns ao dia a dia do ser humano, como esta de andar pelas ruas e interagir com a comunidade”, comenta a vice-diretora da instituição, Sara Ferreira, acrescentando que “além de promover a autonomia das pessoas com deficiência visual, as atividades servem, também, como suporte para a escolarização e orientação à prática dos educadores em salas de aulas onde eles estão incluídos”, explica.
 
O trabalho de apoio pedagógico do Centro beneficia 198 pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos. A estudante Loane Vitória dos Santos, 15 anos, é uma delas. Ela cursa a 8ª série do Colégio Estadual Colomba Dalto, no município baiano de Coração de Maria, no turno vespertino e três vezes na semana frequanta o Centro em Feira de Santana. “Hoje, sou monitora nas oficinas de braile e informática e tenho aprendido muito, ao longo desses 10 anos que estudo aqui, a importância de adquirir conhecimentos para buscar os nossos sonhos. O meu é fazer Direito ou Psicologia”, conta ela, que é cega de nascença.
 
Como Loane, os alunos do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual têm a assistência necessária para adquirirem autonomia e mobilidade. “Aqui, somos atendidos com muita atenção e carinho pelos professores, que nos mostram várias possibilidades de crescer na vida, independente das nossas limitações. Aqui Fico bem à vontade para fazer as minhas maquetes, esculturas de personagens folclóricos e outras peças que faço todas em papel”, conta o estudante Sidimar Ribeiro da Mota, 23 anos, artista-plástico autodidata, que tem apenas 5% da visão.
 
Educação Especial
A rede estadual trabalha com Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva com Atendimento Educacional Especializado (AEE). O atendimento aos estudantes ocorre de forma complementar em 68 Salas de Recursos Multifuncionais (SEM), em 12 Centros de Atendimento Educacional Especializado e seis instituições conveniadas. Todas as escolas estaduais podem receber estudantes com deficiência, a partir da solicitação dos pais ou responsáveis.

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