Autores baianos e cultura indígena inspiram leitura nas escolas

Palavras-chave:
Um encontro com obras de Castro Alves, Jorge Amado e Vinícius de Moraes tem despertado o interesse pela leitura dos estudantes no Colégio Estadual Dalva Matos, em Salvador. Já no Colégio Democrático Estadual Anísio Teixeira, localizado no município de Potiraguá, o interesse pela leitura ganhou um estímulo a mais por meio do estudo de obras que retratam a cultura dos povos indígenas. Nos dois colégios, o resultado dos projetos tem sido apresentado por meio de distintas linguagens, envolvendo recital de poesia, teatro e música.
 
No projeto de leitura realizado de forma multidisciplinar no Colégio Estadual Dalva Matos, na capital baiana, a leitura foi incentivada nos estudantes do 5° ao 3° ano do ensino médio, através do conhecimento das obras literárias dos autores baianos. Para isso, cada sala de aula foi identificada com o nome do autor escolhido, onde os estudantes trabalharam com a biografia, poemas, histórias, além de produzirem murais e pinturas inspiradas nas obras.
 
Fotos: Arquivo das escolas
A culminância do projeto foi marcada por roda de leitura, apresentações de teatro, dança e música. As atividades tiveram como base os projetos de arte e cultura desenvolvidos pela Secretaria da Educação do Estado como o Aventuras Patrimoniais e Artística (Ave), Dança Estudantil (Dance) e Encontro de Corais Estudantis (Encante). Ao longo do ano letivo será realizada a “hora da leitura”, em um horário determinado durante as aulas, onde os estudantes farão leituras das obras dos autores estudados.
 
Ilan Henrique Correia, 12 anos, do 6º ano, conta que ficou encantado com as obras de Vinicius de Morais. “São poemas que falam de alegria e me inspiraram a ler mais poemas de outros escritores”, afirma. Para Aliane Novais, 16 anos, que cursa o 2º ano, estudar sobre Castro Alves ampliou seus conhecimentos. “Descobri que ele retratava em seus textos e poema o tema da escravidão e usava isso para chamar a atenção da sociedade como uma forma de libertação”, explica. “Gosto de ler livros de ficção científica, mas, agora passei a me interessar também por livros de poemas”, acrescenta Miqueas Cerqueira, 12 anos.
 
“Acredito que os projetos dentro da escola são essenciais porque os estudantes se integram à unidade escolar de forma que promovem as potencialidades individuais e coletivas. Além disso, desenvolvem o sentimento de pertencimento e o aprendizado de forma criativa com conteúdos associados à prática da leitura”, destaca o professor de Língua Portuguesa, Dimitri Sarmento.
 
Já no interior do Estado, no Colégio Democrático Estadual Anísio Teixeira, no município de Potiraguá, a culminância do projeto de leitura aproveitou o mês de abril, por comemorar o Dia do Índio (19), e contou com apresentações de dança, poemas e paródias relacionadas à cultura indígena.
 
“Foi muito bom participar desse projeto porque pudemos aprender o significado de várias palavras de origem indígenas”, comenta a estudante Rafaelly Ferreira, 16 anos, do 3º ano do Ensino Médio. O estudante Esdras Peixoto, 15 anos, do 1º ano, afirma que “o tema trabalhado enriqueceu nosso conhecimento, pois ficamos sabendo um pouco mais desta cultura rica”.

Notícias Relacionadas