Centro Juvenil deixa estudantes mais perto da profissão e das artes

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


De dentro da cabine do avião, Caíque Seara, 18 anos, checa os instrumentos e planeja o futuro. Ele é aluno da oficina de simulação de voo, uma das 22 oferecidas pelo Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) em todas as áreas do conhecimento. O CJCC fica dentro do Colégio Central, em Nazaré, na capital baiana. As oficinas são certificadas e gratuitas. 
 
O conhecimento adquirido por Caíque na oficina é útil ao estudo de diversas disciplinas do currículo normal, como matemática, geografia, física e química. “Aqui, a gente aprende para seguir uma carreira relacionada ou não à aviação. Eu vou fazer curso de piloto, a princípio algum alternativo para chegar às ciências aeronáuticas, e algum outro curso de linha aérea”, afirma o estudante. 
 
De acordo com o diretor do CJCC, Alcides Magalhães, as inscrições estão sempre abertas e são realizadas durante todo o ano. “A gente trabalha com o conceito de educação integral. Os alunos de outras escolas podem vir no horário oposto às aulas, escolher o curso e fazer as inscrições. As oficinas têm uma duração de 30 horas e nós contribuímos muito com a formação da escola básica, com um novo olhar”, comenta.  
 
Robótica e games - Na oficina de robótica, os desenhos do projeto já estão prontos. Marcos Silva e Ariel Amorim estão empenhados e com prazo para cumprir, afinal a Campus Party será realizada no mês de agosto, em Salvador. “A gente tem dois meses e meio para participar de uma competição chamada OBR, que vai acontecer dentro da Campus. O objetivo do projeto é resgatar vítimas dentro de escombros, desviando de obstáculos, seguir linhas e resgatar os objetos sem sofrer danos”, destaca Marcos. 
 
Fotos: Pedro Moraes/GOVBA
A oficina de games também chama a atenção da garotada. Muitos dos projetos dos alunos estão sendo feitos sob encomenda. “Nós estamos produzindo imagens em 2D e em 3D para professores e alunos da Escola Bahiana de Medicina. É uma parceria entre os profissionais da área médica com alunos da escola pública, o que enriquece os dois lados”, explica o professor da disciplina, Jaime Azevedo. 
 
Aluna da oficina, Amanda Ortiz, 15 anos, se sente estimulada vendo os colegas produzindo para a faculdade de medicina. “Isso ajuda a gente a se interessar. Games é uma área que está se abrindo cada vez mais. Vendo que já tem gente procurando o que estamos fazendo, a gente que gosta de games se sente influenciado a investir”. 
 
Artes - Ex-aluno do CJCC, Artur Lima cursa licenciatura em Belas Artes na Universidade Federal da Bahia (Ufba). A sala de papietagem - técnica de colagem de papel – ainda exibe um trabalho de quando ele frequentava a oficina. “Fiz alguns cursos aqui que me enriqueceram culturalmente e me ajudaram muito. Hoje eu tenho facilidade em certas coisas que seriam muito mais difíceis. A oficina também me ajudou a ingressar na faculdade”.
 
 

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