Colégio Central completa 184 anos

Fotos Mateus Pereira/GOVBA
O histórico Colégio Estadual da Bahia – Central completa 184 anos nesta quarta-feira, 7 de setembro. Como em 2020, em função dos protocolos sanitários relativos à pandemia do Coronavírus, não haverá atividades comemorativas. Mas a comunidade escolar celebra a contribuição do colégio para a formação de diferentes gerações ao longo do tempo desta, que foi a primeira unidade escolar pública de Ensino Médio do Estado e teve entres os estudantes mais famosos Glauber Rocha, Calazans Neto, Carlos Marighella, Raul Seixas, João Ubaldo Ribeiro e Waldir Pires.
 
A estudante Laiane Oliveira, 19, 3º ano, fala do orgulho de estudar no Central, que fica no bairro de Nazaré, em Salvador. “Foi nesse colégio que me encontrei como pessoa. Tenho o prazer de ser líder de sala por três anos e de ter sido líder de uma equipe da gincana em 2019. E, hoje, em dia, faço parte da administração do grêmio estudantil. O Central é o lugar onde eu aprendo muito com os melhores professores e com uma gestão que está sempre do meu lado. Tenho certeza de que todos os alunos que estudaram no Central levaram muito da educação ofertada e tornaram pessoas do bem. Tenho um orgulho e prazer de ser aluna do Central”.
 
O ex-estudante Jackson Silva, 20, atualmente cursando Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio de Janeiro, também fala da importância da unidade na sua formação. “Foi através do Central que eu consegui traçar o objetivo de passar em uma universidade federal e isso se deu graças aos excelentes professores, gestores e coordenadores. É um colégio de excelência no ensino público de qualidade. Não tenho palavras para mensurar a quantidade de agradecimentos aos meus ex-professores. Hoje, sinto orgulho de ter feito parte dessa história de 184 anos”.
 
A professora de História e responsável pelo patrimônio histórico do colégio, Deborah Kelman de Lima, destacou a importância do Colégio Central, que tem hoje 1.458 estudantes “Em sua trajetória, sobreleva-se a formação de vanguardas, a exemplo da geração de mulheres, cuja   ação   transpôs   os   muros   da   instituição   para   alcançar   visibilidade   no cenário acadêmico, científico   e político  do século XX.   Outros destaques são a Geração Mapa; a gênese do Cinema Novo e o seu movimento estudantil, cuja força combateu, intensamente, o regime militar, nas décadas de 60, 70 e 80”, relata a educadora. 
 
A diretora Rosenita Mesquita de Santana fala sobre a importante referência do Colégio Central. “A nossa unidade é um marco histórico na Educação da Bahia, com uma belíssima trajetória de luta e resistência intramuros. Aqui, estudaram diversas personalidades baianas. Estes referenciais nos consagram e nos motivam a deixarmos viva a sua história", afirmou.

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