Colégio Estadual de Pojuca realiza manhã de atividades voltadas ao combate ao racismo

Palavras-chave:

 

Fotos: Divulgação

“A carne mais barata do mercado é a carne negra: por uma educação antirracista no chão da escola” foi o tema da palestra que reuniu estudantes e educadores, na manhã desta quarta-feira (6), no Colégio Estadual Luiz Eduardo Magalhães, no município de Pojuca, distante 67 quilômetros de Salvador. Proferida pela professora e escritora baiana Bárbara Carine, conhecida nas redes sociais como “uma intelectual diferentona”, a iniciativa integra as diretrizes seguidas pelas unidades da rede estadual de ensino para a construção de um ambiente escolar que combata o racismo e qualquer tipo de preconceito, além de valorizar a memória, os conhecimentos e saberes dos povos africanos, afro-brasileiros e indígenas.

A palestra foi o ponto alto da programação, que contou ainda com exposição de livros de autores negros, de fotos e de desenhos de trabalhos realizados pelos alunos sobre o antirracismo e apresentações musicais e de dança, além de depoimentos de ex-alunos negros sobre a questão racial, suas trajetórias até o ingresso na universidade e a conquista da profissão que abraçaram. O evento também contou com a participação das famílias e de representantes da comunidade de Pojuca.

A estudante Raísa dos Santos Souza, do 2º ano, falou sobre a manhã de escuta e abraço simbólico no ambiente escolar. “Foi um momento único, uma oportunidade de conversar abertamente sobre o tema, ouvir testemunhos, enfrentar a questão e saber o que se pode fazer em momentos em que somos expostos ao racismo. As atividades realizadas hoje também serviram para levantar a nossa autoestima. Saber que somos negros e não podemos duvidar do nosso potencial”.  

Marcelle Nascimento Silva, também do 2º ano do Ensino Médio, disse que a inclusão no ambiente escolar passa pelo combate ao racismo. “A iniciativa de trazer para a escola esse debate é de grande importância. Precisamos saber nos posicionar em situações de preconceito, que temos que combater no dia a dia, seja em qualquer lugar”, ressaltou.

Educação antirracista - O Governo do Estado desenvolve uma série de iniciativas voltadas à educação antirracista, dentre as quais está o Concurso Público – Edital Makota Valdina que, em sua segunda edição, vai selecionar e premiar projetos escolares da rede estadual de ensino que demonstrem mérito eficácia e sucesso na valorização da história e da cultura africana, afro-brasileira e indígena.

As inscrições, que têm como público-alvo professores, gestores, coordenadores pedagógicos e estudantes, foram prorrogadas até o dia 24 de setembro. A iniciativa é realizada pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) em parceria com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI). A seleção das propostas se dará a partir de modalidades. A primeira se refere a projetos que contribuam para a implementação das leis federais nº 10.639/03 e nº 11.645/08 nas unidades escolares e pode ser feita pelo link https://forms.gle/tKE6po2e8octm4xR8 . A segunda diz respeito à produção de recursos educacionais que buscam contribuir para a implementação das citadas leis federais. Nesta segunda opção, os concorrentes deverão encaminhar um exemplar do recurso educacional, através de postagem, para o endereço 5ª Avenida nº 550, Centro Administrativo da Bahia - CAB, 2º andar, sala 203, Salvador, Bahia - CEP: 41.745-004; e realizar a inscrição no formulário digital disponível no link https://forms.gle/tKE6po2e8octm4xR8, anexando o comprovante de postagem, até o último dia do prazo de inscrições.

Fonte: Ascom/SEC

 

Notícias Relacionadas