Colégio Estadual Satélite comemora Semana da Inclusão com arte e cultura

Palavras-chave:
Foto: CLaudionor Jr. - Ascom/Educação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Teatro, música, pintura e dança são os destaques na comemoração da Semana da Inclusão no Colégio Estadual Satélite, localizado no bairro de Piatã, em Salvador. Nesta terça-feira (22), 37 alunos com necessidades educativas especiais realizaram uma série de apresentações com o tema “Arte e Cultura”. O objetivo é promover uma maior integração da comunidade escolar e entre a escola e as famílias.
 
“Todos somos iguais a qualquer outra pessoa, então é preciso incluir. Por isso, minha frequência na escola vem me ajudando muito desde a 4ª série. Tive que reaprender o Braille, e hoje, vim apresentar um poema sobre inclusão”, destaca o estudante da 7ª série, Diego Santos, 20 anos, deficiente visual.

"A escola tem sido uma família”, Felipe Almeida - Estudante

Já a estudante Andressa Freitas, 20, com deficiência intelectual, fala da importância da arte na educação. “Foi muito bom poder aprender a dançar. Com o meu colega Tiago, pudemos apresentar uma coreografia com a música ‘No Tabuleiro da Baiana’, do compositor Ary Barroso, em que organizamos diversos ensaios.” O estudante Felipe Almeida, 24, que possui paralisia física, apresentou telas produzidas nas aulas de arte e também falou sobre o seu processo de ensino e de aprendizagem. “A pintura é tudo pra mim. Antes não conhecia nada, mas com o apoio das minhas professoras, Liliane Mendonça e Valdelúcia Medina, consegui aprender bastante. A escola tem sido uma família”, enfatiza.
 
O estudante Ronaldo de Souza, 30, deficiente visual, destaca a integração na escola. “A inclusão está em todos os lugares. Primeiro precisamos nos respeitar para que os outros tenham respeito por nós. Então, na nossa apresentação musical estamos trabalhando em equipe com o Grupo Alegria.”
 
Educação Especial
Além dos trabalhos artísticos, o Colégio Estadual Satélite vem sendo uma referência no ensino da Educação Especial. “O grande diferencial da nossa escola é a proposta de inclusão com alunos especiais e aqueles ditos ‘normais’. O trabalho começou em 2007 de forma experimental e no ano seguinte montamos uma sala multifuncional. Os estudantes participam das aulas regulares em um turno e no outro participam de atividades com professores no desenvolvimento dos alunos focados na deficiência. Hoje, temos uma equipe de 31 educadores e todos especializados em Educação Especial”, explica a diretora Benevalda Santos.

"Não há diferença entre a gente”, Lavínia Matos

A proposta pedagógica é inclusiva, conforme explica Lavínia Matos, 14, aluna da unidade que tem mais de 300 estudantes matriculados no ensino médio. “Antigamente existiam salas exclusivas para deficientes e na nossa escola temos a oportunidade de estarmos juntos e aprendendo muito com eles. Não há diferença entre a gente”, afirma a estudante que encenou uma peça sobre preconceito.
 
Para os pais, a escola também tem sido uma excelente alternativa para a educação dos seus filhos. “Vinha buscando um colégio que pudesse trabalhar com o estudante de forma plena. Aqui os estudantes são tratados igualmente, sabendo que todos têm suas qualidades e defeitos. E esta Semana de Inclusão apenas mostra o desenvolvimento que estes estudantes estão realizando durante todo o ano,” afirma Avelino Pereira, pai da estudante Julia Anamin.

 

Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação

 
Educação Especial
O Estado da Bahia dispõe de seis Centros de Educação Especial nos municípios de Santo Antônio de Jesus, Feira de Santana, Jequié, Ipiaú, Itabuna e Caetité. Existem, ainda, mais 60 unidades escolares atendendo às demais especificidades do público-alvo da Educação Especial em todo o Estado. Em Salvador, o atendimento é realizado no Centro de Educação Especial Pestalozzi da Bahia, e mais cinco Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), implantadas nos colégios estaduais Rotary, Ruy Barbosa, Satélite, Raphael Serravalle e Zumbi dos Palmares. 

 

Notícias Relacionadas