Comunidade escolar elege novos dirigentes dos colégios estaduais

Fotos: Claudionor Jr. - Ascom/Educação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Professores, estudantes, pais e responsáveis de alunos e funcionários das escolas da rede estadual de ensino estão dando um passo na democratização e na melhoria da qualidade da educação pública da Bahia. É que, nesta quinta-feira (10), está acontecendo, simultaneamente, em todas as escolas estaduais, a eleição de dirigente escolar. A eleição garante a escolha da equipe gestora (composta por diretores e vice-diretores) que ficará à frente da administração escolar por quatro anos. As eleições são acompanhadas por uma comissão escolar e por fiscais das chapas concorrentes.

O secretário da Educação do Estado, Osvaldo Barreto, acompanhou as eleições em algumas escolas de Salvador e destacou a participação das famílias e dos estudantes neste processo. “É com muita alegria que estou vendo a participação massiva de estudantes e pais nesse processo eleitoral. Isso é resultado de todo trabalho que realizamos nas escolas, garantindo o aumento do protagonismo juvenil, com as eleições de líderes de classe e das famílias, com as eleições do Colegiado Escolar”, disse o secretário, acrescentando que as eleições também visam à melhoria da qualidade da educação. “Vamos estabelecer um compromisso de gestão entre os novos gestores e a Secretaria da Educação, para atingir o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem nas escolas”.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Podem votar nas eleições de diretores escolares: professores, coordenadores pedagógicos, servidores públicos em exercício na unidade escolar e estudantes a partir de 12 anos de idade com frequência regular. Os pais ou responsável, cujos nomes foram indicados no ato da matrícula do aluno, também votam. Para o estudante Leonardo Queiroz, 17 anos, do Colégio Estadual Duque de Caxias, este é um momento importante para a comunidade escolar, sobretudo para os estudantes. “É muito importante o aluno poder se expressar através do voto, pois cabe a cada um de nós termos consciência da importância do nosso voto para um ensino de qualidade”, declarou.

Neste processo eleitoral, a novidade é que o Governo da Bahia, por meio do programa Educar para Transformar – um Pacto pela Educação, ampliou o peso dos votos dos alunos e dos pais para 55%. “Esta é uma vitória para os estudantes, pois podemos decidir o futuro do colégio e da educação que acreditamos ser melhor para todos. O bom gestor vai estimular os funcionários, professores e alunos e vai alavancar a educação da escola, consequentemente, melhorar a educação”, frisou o estudante, Diego Moura, 17 anos, líder de classe do 3º ano, do Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas, localizado no bairro de Nazaré, em Salvador.

Colegiado Escolar
Membro do Colegiado Escolar como representante dos professores do Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira Freitas, o professor de Educação Física, Alan Nunes Resende, explica como a escola mobilizou a todos para a eleição. “Realizamos um debate entre as chapas que aconteceu de forma amistosa, um debate muito esclarecedor, em que os candidatos apresentaram suas plataformas, além disso, fizemos divulgação nas salas e redes sociais”, informou. Para a professora de Matemática do Colégio Estadual Duque de Caxias, Teresa Cristina Matos, que também é membro do Colegiado Escolar, “é importante que os estudantes conheçam as propostas e o plano de ação dos candidatos. A eleição é uma forma de exercitar a cidadania e favorece a formação do indivíduo como foco no aprendizado”, destacou.


Mais família
A participação da família no processo eleitoral também ganha força nas eleições deste ano, sobretudo, com a atuação do Colegiado Escolar, conselho formado pelo gestor, professores, funcionários, estudantes, pais, mães ou responsáveis pelos estudantes. “A eleição é muito importante para os nossos filhos, já que nossos filhos passam grande parte do dia na escola”, declarou Lucicleide Almeida, mãe de Laís e Laira de Almeida, estudantes do Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas. “O pai tem que ser participativo na educação, não só ser responsável com a educação doméstica, que é a base, mas com a educação escolar que prepara os nossos filhos para serem bons profissionais”, destacou dona Kátia da Cruz Santos, mãe de Radyne Maria da Cruz. Para Silvânia Pondé Paiva, "é realmente uma grande conquista para a comunidade escolar. A eleição é mais uma forma de pais, alunos e professores exercerem juntos a sua cidadania", disse a mãe dos estudantes Lis Paiva e Ivan Paiva, do Centro Educacional de Seabra.

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