A comemoração pelos 64 anos do Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, no bairro da Caixa D’Água, em Salvador, terá o seu ápice nesta sexta-feira (19/9), às 14h, no auditório da unidade, com as apresentações da banda Juventude Parquiana (JP) e do espetáculo Dançarte – a evolução da dança, pelos alunos das oficinas de Dança, Ginástica Rítmica e Ginástica Artística do Centro. Em seguida, haverá a exibição de vídeo, com imagens da história de seis décadas de atuação da Escola Parque na vida educacional da rede pública estadual de ensino.
 

A banda JP, formada por estudantes da Escola Parque, abrirá o evento com a música O Sol (Jota Quest) e encerrará com a canção Simples Desejo (conhecida na voz de Luciana Mello). Da coreografia Dançarte – a evolução da dança, participam estudantes e ex-alunos da escola, de 5 a 80 anos. “É a dança representada por todas as gerações, com o objetivo de mostrar que o corpo fala em qualquer idade”, diz o diretor de Centro, Gedean Ribeiro.

Para o gestor, a Escola Parque tem um significado no contexto educacional nacional não só pelo que representa pedagogicamete, mas também, pelo seu patrimônio físico, instalado em uma área de 42 mil metros quadrados, tendo 22 mil metros quadrados de área construída. A unidade dispõe, ainda, de área livre com plantas frutíferas, hortas e jardins, que são cuidados pelos estudantes, sob a supervisão de professores, além de quadras de esporte, biblioteca, auditório, laboratórios e núcleos artísticos.

“Não por acaso, Anísio Teixeira, ao fundar a escola, a batizou de Parque, pelo significado da palavra ligado a um espaço de descontração e de relaxamento, atrelado ao aprendizado em sala de aula e fora dela, com oficinas de teatro, música, dança, esporte, artes plástica, línguas, leitura, alimentação, raciocínio lógico e novas tecnologias”, disse.

Núcleos de pluralidade – Para o funcionamento dos núcleos, observa a coordenadora do Núcleo de Pluralidade Artística, Silvana Carvalho Pereira, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque tem como parceiros os estudantes, a família dos alunos e a comunidade em geral, que se identificam com a proposta educacional. “A partir do momento que eles percebem o papel educativo e social da escola, todos acabam se responsabilizando por zelar pelo patrimônio que é deles”, observa a professora.

Este é o primeiro ano do estudante Douglas Santana, 16 anos, 2º ano, na Escola Parque. Mas ele já tem uma análise formulada sobre a unidade: “É uma escola muito boa, o ensino é ótimo, os professores são exigentes e, além disso, tenho aqui a experiência de participar de atividades extras, como teatro e cerâmica”. Também estreando na Escola Parque este ano, Luis Gustavo dos Santos Costa, 12 anos, 6ª série, faz elogios à unidade. “Acho aqui muito legal porque aprendo e faço exatamente o que gosto nas oficinas de música, quando aprendo violão, de desenho e de esporte. Estou gostando muito de tudo”, disse.

Formado pela Escola Parque, que oferece atividades complementares na perspectiva da educação integral, e por mais oito Escolas-Classe, o Centro Educacional Carneiro Ribeiro foi idealizado em 1947, por Anísio Teixeira, e inaugurada em 1950, no dia 21 de setembro. Desde então, tornou-se um exemplo de avançada proposta educacional voltada para preparar o estudante para uma sociedade em frequente mudança.

Em um período, os alunos têm todas as disciplinas do núcleo comum, como matemática, português, geografia, e, no outro turno, têm acesso a outras atividades, oferecidas pelos núcleos de informação, comunicação e conhecimento, de pluralidade esportiva, de artes visuais, de jardinagem, de alimentação e de projetos especiais.