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Educadores abordam diretrizes curriculares para a Educação Quilombola durante a Semana Pedagógica
Publicado em sex, 08/02/2019 - 11:27 por ASCOM
Palavras-chave:
Foto: divulgação
No Colégio Estadual Eraldo Tinoco, no distrito de Santiago do Iguape, em Cachoeira, região do Recôncavo Baiano (a 118 km de Salvador), onde a maioria dos estudantes é de origem quilombola, foram definidos projetos que serão desenvolvidos como parte do Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade escolar. “Como temos a especificidade da Educação Quilombola, além da discussão em torno da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), trabalhamos diversas atividades durante o ano. Temos, por exemplo, o encerramento do semestre que é uma grande exposição que fortalece a cultura do quilombola do campo, com culinária, dança e música, substituindo a festa de São João, por algo que traga mais as raízes e entendimento do homem do campo”, destacou a gestora escolar, Itana Soares, ao citar outros projetos que já são alinhados durante o planejamento coletivo. “Temos também o Dia da Consciência, com culminância, em novembro, quando desenvolvemos atividades transversais e interdisciplinares desde o início do ano letivo. E os projetos TransformaÊ e estruturantes de arte e cultura, que fazem parte do nosso calendário oficial da escola”, explicou.
Em seu primeiro ano na rede estadual, a coordenadora pedagógica Nataline Conceição, do Colégio Estadual Eraldo Tinoco, destacou o trabalho que irá exercer na articulação das atividades na escola. “Fiquei muito empolgada em chegar a uma escola de Educação Quilombola. A minha contribuição vai ser muito direcionada a essa articulação entre as disciplinas e atividades voltadas para o fortalecimento deste conteúdo. A Semana Pedagógica está me dando a oportunidade de conhecer o PPP da escola, por meio da avaliação do ano de 2018, a interação com os professores e o conhecimento das Diretrizes Curriculares do Estado para a Educação quilombola. O objetivo é trazer mais ações para o ensino aprendizagem dos estudantes”, disse.
Já no Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) do Litoral Sul, em Marau, na região do Sul Baiano (a 393 Km de Salvador), a diretriz curricular é voltada para a valorização e o reconhecimento dos estudantes quilombolas. “Mesmo tendo o reconhecimento de escola e da comunidade quilombola, muitos jovens ainda não possuem o pertencimento da sua cultura. Então, buscamos, por meio da matriz curricular, inserir aspectos que contextualizem a realidade deles e promovam um fortalecimento do orgulho e da autoestima destes estudantes. Nos cursos que oferecemos, colocamos disciplinas voltadas para essas ações. Por exemplo, no curso de Turismo, procuramos inserir atividades que ressaltem a região, com sua história e cultura. Já em Agroecologia, valorizamos o homem do campo com os aspectos culturais e a importância da produção da zona rural”, salientou a diretora Adriane Bergamaschi.
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