Educadores de escolas regulares recebem formação para atuarem com estudantes autistas em sala de aula

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Com o objetivo de capacitar os professores das escolas regulares da rede estadual para atuarem com estudantes autistas em sala de aula, cerca de 200 educadores participaram, nesta quarta-feira (17), do curso de formação continuada sobre inclusão ‘A importância da adequação curricular da práxis pedagógica: transtornos do espectro autista’.  A formação, que faz parte do projeto ‘Inclusão em pauta’, realizada no Instituto Anísio Teixeira (IAT), foi ministrada por técnicos do Centro de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia, unidade da rede estadual que atende crianças autistas em Salvador. O evento, que foi composto por nessas redondas, apresentações de práticas inclusivas para pessoas com autismo e oficinas pedagógicas, contou com a participação do secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro.
 
“Esta formação continuada é um passo fundamental para o atendimento destes estudantes nas escolas regulares. Temos os centros especializados, como é o caso do Pestalozzi, porém o foco destas unidades é a formação de profissionais, mas acabam prestando o atendimento na ponta, recebendo estudantes de toda parte do Estado. Estamos buscando, inclusive, parcerias com as universidades públicas da Bahia no sentido de ampliar a formação de profissionais para a Educação Inclusiva em cada Território de Identidade”, destacou o Pinheiro.
 
Segundo a coordenadora de Formação dos Professores da Educação do IAT, Marigracia Queiróz, este é o quinto módulo da formação. A primeira foi sobre a Lei Brasileira de Inclusão (LBI); a segunda foi sobre deficiência visual; a terceira foi relacionada a pessoas com surdez e a quarta contou com abordagens sobre deficiência intelectual e múltiplas. “O objetivo da formação é conscientizar e sensibilizar o professor na sala de aula a lidar com este público, que são as pessoas com deficiências e diversos transtornos, pois está na Lei Brasileira de Inclusão que é direito de toda pessoa com deficiência estar inserida em qualquer escola da rede regular e o professor precisa de qualificação para atender este público”, explicou Mariguacia Queiróz.
 
O diretor do Centro de Atendimento Educacional Especializado Pestalozzi da Bahia, Ricardo Baqueiro, falou da importância da iniciativa. “O nosso centro funciona conforme a legislação federal e estadual e a nota técnica 55/2013 estabelece que nós devemos oferecer Atendimento Educacional Especializado (AEE) com vistas à inclusão social dos nossos educandos, ou seja, visa incluir o nosso educando socialmente e, por isso, ele deve ter acesso não só a escola, mas a todos os serviços que a sociedade possa oferecer”, destacou.
 
Para a professora Karla Valente, que leciona Geografia no Colégio Estadual Nelson Barros, em Salvador, a formação é essencial para a atuação professor. “Nós temos uma grande dificuldade com relação a lidar com a educação inclusiva porque na nossa formação inicial na universidade não foi muito contemplado e aqui estamos tendo este conhecimento através de depoimentos de pessoas que trabalham na área e estudam a respeito e, de fato, essa formação é um diferencial para sabermos de que forma contribuir”, afirmou.
 
A professora de Biologia, Rosângela Baultan Costa, do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde e Tecnologia da Informação Carlos Correa de Menezes Santana (CEEP), também falou de que forma a formação será útil para a sua vivência no ambiente escolar. “Esse curso é muito importante, pois nos permite ter uma visão de como tratar essas diferenças de maneiras iguais, porque esses alunos apresentam várias especificidades e, por conta disso, precisam ser inclusos à nossa formação de um modo geral”, comentou a educadora.
 

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