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Escola cria orquestra de sanfona e amplia aprendizagem por meio da arte musical
Publicado em qua, 29/05/2019 - 12:13 por Desconhecido
Palavras-chave:
O som marcante e encantador do acordeon, também conhecido como sanfona, está criando novas possibilidades de aprendizagem para os estudantes da Escola Estadual Irmã Rosa Aparecida, localizada no Dispensário Santana, em Feira de Santana (a 108Km de Salvador). A arte de tocar esse instrumento está sendo ensinada por meio do projeto Fortalecendo Laços IV - Acordeando, que tem como proposta estimular o protagonismo juvenil, por meio da arte, da cultura e do esporte, para alunos da escola e, também, para crianças, adolescentes, jovens e adultos da comunidade do entorno.
A coordenadora do projeto, professora Ana Cristina Silva, conta que a oficina de acordeon surgiu na unidade em 2015, como forma de homenagear e realizar um sonho da gestora do complexo, Irmã Rosa. “Foi o amor pelo instrumento e pelo forró que levou a nossa gestora a criar o projeto Acordeando. Hoje temos cerca de 20 estudantes, entre 10 e 18 anos, da escola e da comunidade, participando da orquestra, que realiza ensaios diariamente, no período oposto ao das aulas”, explica a coordenadora.
Segundo a professora Ana Cristina, com o projeto, os estudantes aprendem a ler partituras e aprofundam o conhecimento sobre a cultura regional de várias formas, desde o estudo sobre a história da música e de artistas consagrados, até a relação do instrumento com o modo de vida do nordestino e como é usado em outras regiões do país. Ela também falou sobre outros impactos do projeto no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. “Depois das oficinas de acordeon, os estudantes ficaram mais disciplinados. Muitos se identificaram com a arte, por meio da música, e querem seguir carreira. Eles perderam a timidez e elevaram a autoestima”, avalia.
Fotos: Raquel Lacerda
Já Railane Sampaio, 14, também do 9º ano do Ensino Fundamental II, a única menina do grupo, diz que resolveu participar da orquestra depois de uma visita a oficina de acordeon. “Fiquei encantada com o som da sanfona. Foi algo que me conquistou. Pensei logo: é isso que quero para mim, para minha vida”, confessa a estudante, que também fala sobre ser a primeira e, até agora, a única menina da orquestra. “No começo fiquei um pouco tímida por só ter meninos, mas ao longo do tempo fui acostumando. Os meninos me deram apoio e, hoje, somos um grupo unido. Agora busco incentivar outras meninas a participarem, porque acredito que seria bem legal ter um número maior de mulheres tocando sanfona e, quem sabe, até criar uma orquestra de sanfona só de meninas”, comemora.
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