A Escola Família Agrícola Avani de Cunha Lima, no município de Valente, realizou, na noite desta segunda-feira (19), a abertura oficial do ano letivo de 2021. No encontro virtual, a proposta foi promover um acolhimento a estudantes, familiares e parceiros, debatendo os desafios proporcionados pela pandemia na Educação no Campo. A cerimônia contou com a participação do secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues.

 

"Estamos aqui para celebrar a resistência da Educação no Campo representada pela histórica Escola Avani de Cunha Lima, na Fazenda Madeira, que muito nos ensina neste momento difícil de pandemia, sendo um exemplo de referência na educação da alternância. E o governo acredita na aprendizagem que transforma o campo apoiando nas parcerias, com os convênios e programas como o Mais Estudo, o Vale-alimentação e o Bolsa Presença, que vão apoiar, ainda mais, os estudantes e familiares em suas permanências na escola", destacou o secretário Jerônimo.

 

Para a professora e cofundadora da escola, Marilene Bispo, esse é um momento das famílias do campo continuarem a luta pela aprendizagem. "Vamos começar com coragem para iniciar o ano letivo, que enquanto não puder ser presencial vamos continuar a buscar bons resultados. Queremos os jovens, cada vez mais, aprendendo e desenvolvendo seus empreendimentos rurais.

 

O diretor-presidente Tiago da Costa, da Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido (REFAISA), ressaltou que foi preciso a adaptação em uma alternância mais prolongada. "É na crise que surgem as iniciativas inovadoras. Neste momento, o estudante assume seu processo educativo e sua responsabilidade ativa na construção do conhecimento, seguindo apoiado por incentivos virtuais da equipe escolar, que é muito dedicada e proativa." 

 

Ações - A rede estadual de ensino conta com 134 escolas do campo, 41 espaços escolares quilombolas e 528 anexos, além de ter parceria com 32 Escolas Famílias Agrícolas e 70 mil estudantes nesses espaços. Em 2020, o governo do Estado entregou o Colégio Estadual do Campo Anderson França, no Assentamento Jaci Rocha, em Prado. Com investimento de 3,7 milhões, a unidade escolar tem uma ampla e moderna infraestrutura para atender aos estudantes em parceria com a prefeitura municipal. Em Campo Formoso, foi entregue o Colégio Estadual Quilombola Luís José dos Santos, que recebeu investimento de R$ 3,5 milhões.

 

Mesmo com a pandemia do novo Coronavírus, a SEC está viabilizando dezenas de projetos e recursos pedagógicos direcionados para a Educação do Campo, a Quilombola, a Indígena e a de Jovens e Adultos (EJA). Para a Educação do Campo e a Educação Quilombola, no segundo semestre de 2020, por exemplo, foram disponibilizados, por meio do Fundo de Assistência Educacional (FAED), mais de R$ 390 mil para o desenvolvimento de projetos em escolas de assentamento e em espaços escolares quilombolas. O objetivo foi proporcionar melhorias pedagógicas nas escolas e reforçar a prática da autogestão.