Escolas Culturais iniciam ano letivo com várias atividades de integração com as comunidades

A primeira semana de aula na rede estadual de ensino está sendo marcada por várias atividades promovidas pelo projeto Escolas Culturais, realizado em 85 unidades escolares. Criado pela Secretaria da Educação do Estado com o objetivo de incentivar o uso da unidade escolar como equipamento cultural e de interação social nas comunidades, o projeto promove ações como palestras, debates, rodas de conversa, exibição de filmes, rodas de capoeira e apresentações de música, teatro, dança e cordel, que também são direcionadas ao público externo. 
 
Nesta quarta-feira (13), no Colégio Estadual Brasilino Viegas, em Alagoinhas (114 km de Salvador), os estudantes assistiram a exibições de dois curtas, dentro do Circuito Luiz Orlando de Exibição Audiovisual, uma iniciativa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT) em parceria com o Escolas Culturais, com o objetivo de difundir a produção baiana no segmento, ampliar o acesso e estimular reflexões e diálogos em torno de temas relevantes, a partir da perspectiva audiovisual. O primeiro filme apresentado foi “Astrogildo e a astronave”, dirigido por Edson Bastos, e “Depois que te vi”, de Vinícius Saramago. 
 
O estudante Joeldes Batista Santos, 18, 3º ano, falou da sua alegria de chegar na primeira semana de aula e se deparar com atividades culturais. “Ter na minha escola, nos primeiros dias de aula, um projeto de cinema, promovido pelo Escolas Culturais, está sendo uma experiência maravilhosa. Com o cinema, a gente cresce como ser humano porque esta arte nos traz muitos conhecimentos. Os filmes exibidos botaram nossa mente para refletir sobre temas como Direitos Humanos; nossas obrigações de cidadãos; e nossos sonhos, que para virarem realidade temos que correr atrás com perseverança”. A colega Stefani de Oliveira, 17, 3º ano, completou: “É importante atividades como estas, que fazem temas relevantes chegarem na nossa escola. A cultura é um vetor importante de Educação, já que a arte expressa o que a pessoa sente e como quer interagir com as outras”, afirmou. 
 
Fotos: Divulgação
A importância do evento também foi destacada pelo professor de Arte, Luiz Fernando Barbosa. “Com o Escolas Culturais, aprendi algo precioso, de que as pequenas ações podem ter uma grande dimensão se conseguirmos focar no interesse do nosso estudante. Considero esse projeto um dos mais grandiosos que já tivemos porque ele busca alcançar o aluno e me sinto feliz em poder contribuir. A atividade de hoje, por exemplo, por meio do audiovisual engajado, plantamos sementes e instigamos o público à reflexão sobre temas sociais com os quais se identifica”. 
 
No Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, em Itaberaba, o clima também é de cultura e debate. Com a temática “Drogas na adolescência”, as palestras para os estudantes e comunidade foram ministradas por representantes do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS), do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Secretaria Municipal de Ação Social, Conselho Tutelar e Juizado de Menores. O professor Ivanilton da Silva, coordenador das Escolas Culturais do município, falou sobre a relevância desta discussão no ambiente escolar. “A presença aqui hoje de estudantes, pais e comunidade em geral é essencial para que todos tomem conhecimento sobre o que estas entidades realizam em relação ao combate às drogas. O projeto Escolas Culturais também cumpre seu papel educativo e cultural de dialogar com a comunidade escolar sobre temas contemporâneos e que lhes dizem respeito”. 
 
A ex-estudante da unidade escolar, Samara da Silva, 17, que concluiu o 3º ano no final de 2018, fez questão de marcar presença no evento. “Sou encantada com o projeto Escolas Culturais porque foi a partir dele que me descobri poeta e me trouxe amadurecimento como cidadã. Quando soube desta atividade, vim participar porque quanto mais conhecimento se tem sobre os que as entidades se propõem a fazer para lidar com este delicado assunto, mais oportunidades temos para ajudar as pessoas que estão passando por esta dificuldade”. 
 
Em Lençóis, na Chapada Diamantina, o projeto Escolas Culturais chega na sexta-feira (15), com atividades até o dia 23 de fevereiro. Durante toda a semana, no auditório do Centro Educacional Renato Pereira Viana, serão realizados workshops sobre produção audiovisual e criação do espaço de cinema na escola. Também haverá uma oficina formativa para a criação de curtas. “Nosso objetivo é incentivar a produção de audiovisuais no sentido de fortalecer a história e a identidade cultural da comunidade, elevando a autoestima e promovendo o protagonismo e a autonomia de estudantes e moradores”, explicou a coordenadora de Tecnologia e Plataforma Multimídia da Secretaria da Educação do Estado, Carla Almeida, que atuará com a educadora Fau Coelho.

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