Escolas recebem 3,5 milhões de investimentos em mobiliário

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Foto: Manu Dias/GOVBA

Escolas da rede estadual recebem R$ 3.587.228 milhões de investimentos em mobiliário escolar, para a aquisição de 19 mil conjuntos de carteiras e cadeiras. Os conjuntos irão contemplar 176 escolas, nos 27 Territórios de Identidade. Os recursos são oriundos do Tesouro Estadual e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A coordenadora de Suprimento Escolar da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Eloá Prudente, explica que a renovação será nas unidades escolares que não receberam mobiliários nos últimos quatro anos e que a entrega do material segue até abril. Ela destaca que o conjunto adquirido tem qualidade do selo Inmetro, possui ergonomia e é indicado para usuário com estatura entre 1,59 m e 1,88m. “O nosso esforço é no sentido de promover um melhor aparelhamento das salas de aula, proporcionando aos estudantes da rede estadual mais conforto, segurança e saúde corporal e, consequentemente, um melhor desenvolvimento no seu processo de ensino e aprendizagem”, afirma Eloá Prudente.
 
A conservação do mobiliário, completa a gestora, é fundamental para que seja garantida a sua funcionalidade ao longo dos cinco anos, que é o prazo médio de duração. “Então, toda a comunidade escolar deve ter a consciência de que usar adequadamente o mobiliário significa cuidar do patrimônio escolar e, portanto, prezar pela Educação”.
 
Reaproveitamento
Na Escola Estadual Severino Vieira, os estudantes encontraram uma maneira criativa e sustentável para recuperar cadeiras que seriam descartadas, transformando-as em obras de arte. A iniciativa faz parte do projeto “Cadeira – espelho emocional do aluno”, no qual os estudantes traduzem suas emoções e ideias através da arte expressa nas diferentes composições de cores e imagens. As cadeiras estão expostas na Sala de Artes da unidade escolar.
 
 
Segundo a professora de Artes e idealizadora da iniciativa, Conceição Lima, o projeto foi criado com o objetivo de despertar nos estudantes o sentimento de pertencimento e valorização do patrimônio escolar. “Eu percebo que os estudantes têm uma relação emocional com as cadeiras, pois servem como suporte para colocarem seus pensamentos, desejos e sonhos em evidência. É uma forma deles deixarem suas marcas ao perceberem que são parte da construção da escola”, explica a educadora.
 
A estudante Vanessa Iara Lima, 14, do 9º ano, usou canudos para respigar tintas na sua cadeira chamada de “Cosmos”. “Eu quis passar um pouco do que estava sentindo no momento e me surpreendi com o resultado porque dá a impressão de estarmos vendo o universo”, comenta. Já Erik Monteiro de Almeida, 14, do 9°, trouxe a beleza do oceano para dentro da Sala de Artes ao usar diferentes tons de verde em sua cadeira. “Na minha pintura, eu retratei o mar e algumas algas marinhas. A professora Conceição foi uma influência muito boa para mim, porque aprendi a gostar de artes através dela”, revela o estudante.
 
Quem também está deixando um pouco de sua marca é Ludmila Pereira, 16, que acabou de passar para o 9° ano. “Na minha cadeira, que tem o tema da  África, utilizei as cores amarelo e vermelho para destacar as figuras, como os triângulos. Eu não sabia que tinha toda essa criatividade e ver a cadeira finalizada me deixou feliz porque todos elogiaram”, declara orgulhosa com sua obra. 
 
Descarte de móveis usados
O mobiliário escolar antigo deve ser descartado adequadamente, de acordo com as instruções da Secretaria da Educação. Cada escola que irá receber novos conjuntos deverá criar uma comissão de descarte de carteiras e cadeiras e sinalizar para o seu Núcleo Regional de Educação (NDE), para que a Secretaria publique no Diário Oficial. “Feito isso, a secretaria entrará em contato com as cooperativas de reciclagem cadastradas na Secretaria da Administração do Estado, que serão responsáveis pelo recolhimento do material, na unidade escolar”, explica Eloá Prudente.
 
 
 

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