Estudantes do Ensino Médio do Colégio Modelo, em Vitória da Conquista, protagonizaram a programação do “Agosto Lilás”, promovido pela unidade escolar com o objetivo de levantar a reflexão da comunidade escolar sobre violência física e psicológica contra a mulher. Com o tema “Contra a violência mostro a minha cara”, a ação foi elaborada a partir das aulas da disciplina Humanidades, gerando pesquisa e debate sobre relações abusivas. Elaboração de cartazes, acesso a vídeos sobre a temática e produção de fotos também fizeram parte das atividades escolares.

A professora Neidima de Oliveira, coordenadora do “Agosto Lilás” na unidade escolar, falou sobre o propósito do projeto. “Nosso objetivo foi discutir com os alunos sobre um tema de extrema relevância, que é a violência contra a mulher. À medida que nossas aulas iam acontecendo, íamos discutindo questões que envolvem as relações abusivas, como proibir amizades ou roupas. Também fizemos um trabalho de pesquisa sobre as músicas que apresentam em suas letras incentivo ao machismo e a práticas abusivas. Aos estudantes, coube reescrevê-las”, relatou a educadora, acrescentando que a culminância se deu com a exposição de fotos feitas pelos estudantes e focadas no protesto e alerta contra a violência.

Luane Moraes de Souza, 17 anos, 2° ano, lembra que nas aulas tiveram acesso a dados, projetos de lei e histórias ligadas à violência contra a mulher. “Teve um dia que uma colega pediu para que as meninas que já tivessem sofrido algum tipo de assédio nas ruas levantassem a mão e a grande maioria levantou. Fizemos a mesma pergunta para os meninos e nenhum deles se manifestou. Isso só provou tudo que havíamos discutido até ali. Não temos a noção real da frequência absurda que isso acontece e principalmente pelo fato de que muitas mulheres nem sabem reconhecer que estão sofrendo violência”, contou.

Com um posicionamento de respeito às mulheres, o estudante Daniel Lisboa Ferreira,16, 2º ano, elogiou a iniciativa do projeto. “Esta ação foi de suma importância, pois com a atividade nós, estudantes, conseguimos expandir o nosso conhecimento teórico sobre o tema e desenvolvemos práticas de respeito à mulher. As mulheres merecem respeito e admiração dos seus parceiros”, afirmou.