Completando 10 anos em 2018, o projeto “Africanidade e Consciência Negra” está movimentando o Colégio Estadual Berilo Vilas Boas, localizado em São José do Jacuípe (a 264 km de Salvador), durante as comemorações alusivas ao Novembro Negro. Envolvendo as disciplinas de Filosofia, Sociologia, História e Artes, os 430 estudantes do Ensino Médio desenvolvem atividades para a conscientização e valorização da cultura negra com visita a regiões históricas, produção de vídeos e desfile de beleza.

 

A diretora Núbia Oliveira destacou que as atividades buscam motivar o debate e reconhecimento da identidade dos alunos. “Já estamos há uma década trabalhando com essas atividades que procuram mostrar aos estudantes suas raízes. Temos um anexo que fica a 25 km de distância, na comunidade de Itatiaia, que apesar de não possuir um reconhecimento formal, sabemos que historicamente são de origem quilombola. Por isso fizemos um passeio por Cachoeira, percorrendo locais históricos. Os jovens estão produzindo vídeos relacionados ao tema e identidade local para divulgação na escola e nas redes sociais, e na próxima segunda-feira teremos um desfile da Beleza Negra”, destacou.

 

O estudante André Oliveira, 16 anos, ressaltou sobre a importância do projeto para sua formação escolar e cidadão. “Essas atividades são muito importantes, pois têm a proposta de trazer o conhecimento das nossas raízes. Tenho participado ativamente das ações porque acredito que temos que estar empenhados nesta missão de resgatar a nossa história. Isso ajuda a nos reconhecermos e valorizar muito mais a identidade da região”, disse.

 

A coordenadora de Currículo e Desenvolvimento Humano, Jurema Brito, explicou que a Secretaria da Educação do Estado vem desenvolvendo estratégias de fortalecimento às ações e atividades das unidades escolares, em relação ao Novembro Negro. “Entendemos que, todas as ações de fortalecimento que promovam discussões e reflexões, necessárias para as mudanças de atitude e valores, precisam estar sendo desenvolvidas na escola, envolvendo toda a comunidade escolar, para uma mudança paradigmática”, salientou.