Fotos: Claudionor Jr. - Ascom/Educação

Feira de Santana (115 km de Salvador) é o quinto municipio baiano a receber o Projeto Escolas Culturais, que já foi implantado em Itabuna, Juazeiro, Gandu e Bom Jesus da Lapa. O lançamento aconteceu, na tarde desta quarta-feira (1/11), no Colégio Modelo e no Centro Noturno de Educação da Bahia (Ceneb) de Feira de Santana, com a presença do secretário da Educação do Estado, Walter Pinheiro, que foi recepcionado ao ritmo do carimbó. Durante a abertura, os estudantes também realizam apresentações de música, teatro, de artes patrimoniais e grafitagem.

O Núcleo Antônio Gasparini do NEOJIBA e o ativista cultural, Asa Filho, fizeram participações especiais. O lançamento do projeto, também, contou com performances de estudantes de outras escolas da rede estadual, como os do Colégio Estadual Juiz Jorge Farias Goes, de Feira de Santana, que são envolvidos no Projeto Educação Patrimonial e Artística (EPA) e do grupo Black Dance, do Colégio Estadual Elisabeth Chaves Veloso, em Salvador.

Segundo Pinheiro, o projeto Escolas Culturais promove o protagonismo estudantil e a requalificação da escola, abrindo as portas para a comunidade para se tornar um espaço voltado à produção e à valorização da cultural do Território de Identidade onde está inserida. “O projeto nasceu exatamente para tirar o muro que separa as escolas do território e o território das escolas. Com este projeto, estamos dando asas, trazendo a comunidade para a escola. O que o governador Rui Costa quer é que a escola possa ganhar as ruas de Feira, que possa fotografar e cantar a feira de Feira de Santana e, efetivamente, esta raiz cultural da cidade”, afirmou, ao destacar que o projeto é marcado por um forte viés pedagógico.

“Estamos muito felizes em compartilhar o lançamento deste projeto em Feira de Santana. O que estamos trazendo é algo que todas as nossas escolas já praticam, desde a sua expressão da arte até de arte e consciência, pois qual o problema de aprender Matemática pela música, de pegar a leveza do canto e encaixar na acústica da Física, para ela chegar com muita suavidade na nossa mente? É bem melhor do que gravar aquelas velhas fórmulas. É muito melhor que se trate a Educação a partir da cultura e é fundamental que a escola vá construindo o seu caminho pedagógico, a partir da sua própria experiência. Portanto, o papel deste projeto é promover a transformação, a inserção e o que é mais importante, que é a promoção da nossa juventude para a vida e para a cidadania”, destacou.

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A estudante Amanda Caroline Nascimento, 19, 3° ano do Ceneb, dançou o carimbó no evento. Para a jovem, que deixa a unidade este ano, o projeto é mais uma iniciativa positiva. "Já temos vários projetos de arte e cultura aqui e com a chegada do projeto Escolas Culturais nós só ganhamos”, ressaltou. Seu colega e parceiro na apresentação, Adryel Wesley Santos, 19, 8° ano, estava igualmente entusiasmado. "O projeto vem para abrir muitas portas para os estudantes e para a comunidade. É uma boa iniciativa e, com certeza, vai movimentar e dar ainda mais vida à nossa escola", disse.

O diretor do Colégio Modelo, Edvan Nascimento, acredita que o projeto Escolas Culturais irá potencializar as criações estudantis. “Esse projeto tem muita relevância, principalmente para nossa unidade escolar, onde temos uma clientela bem diversificada; meninos e meninas com projetos maravilhosos de vida, de cultura, de arte e de expressão corporal. Esta iniciativa que o governo está ampliando na escola, multiplica, cada vez mais, os diversos talentos que temos aqui e com a chegada da comunidade local. Nós só temos a ganhar", comemora.

O projeto no Colégio Modelo e Ceneb recebeu como padrinho, o cantor feirense, Carlos Pita, que disse estar lisonjeado com a homenagem. "Este é um projeto maravilhoso que representa uma grande oportunidade para esta juventude. Eu sou um artista que sempre acreditei na Educação como principal elemento transformador desse país. E os nossos jovens precisam apenas de uma oportunidade. Vocês podem tudo. Aproveitem as escolas culturais. Eu vou apoiar vocês e não me faltarei em nenhum momento", afirmou.

Sobre o projeto
O projeto envolverá 85 unidades escolares, em 85 municípios, nos 27 Territórios de Identidade da Bahia, em parceria com as Secretarias da Cultura (Secult), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e Casa Civil. Na cerimônia de lançamento, apresentações de música, dança, teatro, artes literárias e audiovisual, serão desenvolvidos pelos estudantes participantes dos projetos estruturantes de arte e cultura das escolas da rede estadual.

Para a implantação do projeto, fomento das atividades artístico-culturais já existentes e das novas atividades, as escolas serão requalificadas para que sejam desenvolvidas atividades nas áreas de dança, música, audiovisual e literatura. Com isto, auditórios e outros espaços destas unidades escolares receberão equipamentos para projeção de audiovisual, com palco para apresentações artísticas e com internet banda larga para o desenvolvimento dos projetos, a exemplo de programas de rádio e estímulo ao empreendedorismo, dentre outros.