SEC promove diálogos com a temática da educação para a diversidade religiosa

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Com o tema “A quem compete a educação religiosa”, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) deu prosseguimento ao segundo dia, nesta terça-feira (19), do projeto “Diálogos sobre educação para a diversidade religiosa”. A ação, que foi transmitida pelo Canal do Youtube da Educação, contou com as participações da superintendente de Políticas para a Educação Básica da SEC, Manuelita Brito; do antropólogo, pesquisador e professor Marlon Marcos; e do gestor escolar Jeovan Kiriri, além da educadora e iaô de Oxum, Rosselinni Muniz, que mediou o diálogo intercultural e inter-religioso.
 
 
Manuelita Brito falou da importância do debate sobre diversidade religiosa e ensino religioso na rede estadual de ensino. “Trouxemos esta sequência de diálogos de múltiplas dimensões e que tem a ver com a implementação do ensino religioso na política curricular. A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) inseriu a oferta obrigatória do ensino religioso, ainda que a matrícula nesse componente curricular seja facultativa. Ou seja, o Estado precisa ofertá-lo, mas o estudante tem a liberdade de cursar ou não. Nosso propósito aqui, no entanto, é muito mais amplo do que falar de carga horária. Estamos falando do que se trata o ensino religioso, o que vamos abordar, mas não é de aula de religião”, destacou a gestora da SEC.
 
Com a incumbência de se debruçar no tema desta terça, Marlon Marcos ressaltou que “mais uma vez, a Secretaria da Educação acertou” ao trazer esta ação, voltada à comunidade escolar. “A educação religiosa na escola deve se basear no entendimento filosófico, conceitual e político, que permita o educando o direito de até não ter religião e ser respeitado por suas escolhas, se nós respeitamos a liberdade de expressão e religiosa. Para pensar o Estado laico e democrático, é preciso respeitar a diversidade, o sentido da coexistência entre as diferenças e a liberdade da fé”. 
 
O tema “A quem compete a educação religiosa” também foi abordado pelo indígena Jeovan Souza Kiriri, vice-diretor do Colégio Estadual Indígena Kiriri Índio Feliz. “Esta roda de conversa é muito significativa, especialmente por tratar de um tema importante para a construção de seguimentos de aprendizagens da nossa própria cultura e religião. Nós, povos indígenas, desde a época da colonização, fomos fragmentados pela imposição do colonialismo, que trouxe a catequização católica dentro das aldeias, e, até hoje, a gente sofre essas sequelas no nosso sistema de trabalho e convívio sociocultural. Por isso, buscamos resgatar nossos aspectos culturais e religiosos em salas de aula, respeitando todas as organizações de cultura dentro do nosso sistema educacional”.
 
Nesta quarta (20), às 16h, o tema será "Perspectivas pedagógicas para o ensino religioso" e na quinta (21), no mesmo horário, "Possibilidades de aproximações em meio às diferenças religiosas". O primeiro dia (na segunda, 18), a temática foi "Novos olhares e possibilidades para o ensino religioso". Todas as lives podem ser assistidas no Canal do YouTube da SEC.

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