Secretaria promove live sobre iniciação científica como estratégia de aprendizagem pós-pandemia

 
 
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC)  promoveu, nesta quarta-feira (20), a live “A iniciação científica como estratégia de aprendizagem pós-pandemia: desafios e possibilidades". A atividade virtual integra a série de lives do projeto “Educação ComVIDA: arte, cultura, esporte, saúde, ciência e educação ambiental e saúde na escola”, desenvolvido pela SEC com o objetivo de estabelecer um diálogo com professores, gestores, estudantes, famílias e demais profissionais de educação, a partir de temas semanais. O encontro virtual foi transmitido pela Plataforma Anísio Teixeira, no endereço youtube.com/institutoanisioteixeiraIAT.
 
A live, mediada pela professora Marília Fontes, abordou temas como desafios da Educação durante o período de isolamento social e o pós-pandemia, causada pelo novo Coronavírus; reorganização dos atores educacionais; expansão da tecnologia como ferramentas para o processo de ensino e aprendizagem; as concepções sobre o que é a iniciação científica no Ensino Médio; quais as contribuições das atividades dessa modalidade em tempos de confinamento; e a iniciação científica no contexto das escolas de tempo integral.
 
A professora de Geografia e, atualmente, vice-diretora da rede estadual de ensino de Feira de Santana, Marcélia Cidreira, abordou a importância de dialogar sobre o processo de ensino e aprendizagem neste momento de pandemia e as estratégias para o retorno escolar. “Precisamos refletir sobre os desafios que estamos e ainda iremos enfrentar, como o respeito às determinações científicas, o desenvolvimento das atividades remotas, o lidar com a falta de acesso à internet da maioria dos nossos estudantes, o combate às desigualdades, o papel da família na Educação e o preparar para a mudança pós-pandemia. O medo e as incertezas fazem parte desse processo de mudança. É importante entender que não estamos fazendo educação à distância e sim atividades de ensino remoto, dentro das nossas possibilidades e considerando a realidade de cada estudante”. 
 
Também convidado para participar do encontro, o professor de Geografia e de Iniciação Científica, Janilton Almeida, do Colégio Estadual Antônio Figueiredo, no município de Ibiassucê, destacou a relevância do fazer Ciências com estratégia, valorizando o protagonismo estudantil e o seu ambiente. “O estudante deve ser colocado como um ser construtor do conhecimento. E trabalhar com o conhecimento da realidade significa dar voz ao estudante e inseri-lo dentro do conteúdo que está sendo trabalhado. Estamos vivendo em um mundo de incertezas e de transformações repentinas. Neste sentido, a contribuição das atividades de iniciação científica em tempos de isolamento é desafiadora. Precisamos, mais do que nunca, desenvolver práticas dentro do ambiente de vivência dos nossos estudantes, propondo atividades que façam com que eles percebam a sua casa e o seu ambiente”.
 
O professor de Matemática da rede pública de ensino do Pará e presidente do Instituto Açaí, Ciência e Cidadania, Gilberto Silva, apresentou, em vídeos, uma série de experiências de iniciação científica que já desenvolveu com os estudantes, tendo sido premiado em diversas feiras nacionais e internacionais. “O nosso trabalho está voltado à ciência, à tecnologia e à arte que transformam e que estão a serviço da Educação e da Cidadania. Cada estudante tem a sua realidade e fazer ciências é estimular a criação de espaços e atividades para projetos criativos, oferecendo aos estudantes a oportunidade de gerar inovação e empreendedorismo. Um bom cientista deve saber observar e identificar problemas e, sobretudo, estar dentro da realidade que o cerca. Ou seja, educação científica se faz onde o estudante vive, com os recursos da sua comunidade”.
 
Sobre as lives
A assessora pedagógica da por meio da Coordenação Executiva de Programas e Projetos Estratégicos da Educação (CEPEE), Patrícia Oliveira, explicou que as lives, que estão sendo realizadas todas as quartas, às 16h, visam proporcionar oportunidades de aprendizagem aos estudantes e troca de experiências entre professores, durante o período de distanciamento social. “Nosso é criar diálogos com estudantes, professores, gestores, famílias e funcionários sobre questões pertinentes à vida escolar, valorizando a participação dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE). Estabelecemos um tema para cada live com a intenção de criar uma identificação com, pelo menos, uma das dez competências gerais da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), como o conhecimento, o pensamento crítico, o repertorio cultural, a comunicação, a cultura digital, o autoconhecimento e o autocuidado, a empatia e a cooperação, a responsabilidade e a cidadania, alinhados aos pressupostos educativos da Educação Integral, que é o que nos norteia”.
 

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