Alimentação escolar da rede estadual é destaque no Fórum Global de Nutrição Infantil

A Bahia, referência em alimentação escolar pelo trabalho desenvolvido nas escolas da rede estadual de ensino, recebe, entre 20 a 24 de maio, o Fórum Global de Nutrição Infantil. O evento, que acontece pela primeira vez no Brasil, no complexo Costa do Sauípe, em Mata de São João, chega à sua 15ª edição e é organizado pela Fundação Global para a Nutrição Infantil (Global Child Nutrition Foundation), com o tema central “Alimentação Escolar, um Investimento Nacional: como alcançá-lo”. O secretário da Educação do Estado, Osvaldo Barreto, participa da abertura do evento, no dia 20, às 18h30.
 

Alimentação escolar na rede estadual

O Fórum vai receber mais de 300 representantes de mais de 30 países, incluindo ministros de Estado, especialistas e representantes do setor privado e da sociedade civil. No dia 23, acontecem as visitas dos participantes às unidades escolares da rede. Eles vão conhecer de perto a dinâmica da alimentação escolar nos colégios estaduais José de Freitas Mascarenhas, em Camaçari, João Barbosa de Carvalho, em Feira de Santana, Antônio dos Santos Paim, em Santo Amaro, e Professora Simone Simões Neri, em Alagoinhas.

Nos últimos sete anos, os investimentos realizados pelo Estado na Alimentação Escolar cresceram 236%, passando de R$ 26 milhões em 2006 para 106 milhões em 2013. “Ter uma alimentação saudável é um direito dos estudantes. E, para garantir que as nossas crianças e jovens tenham acesso a refeições adequadas nas escolas da rede estadual, o Governo do Estado da Bahia vem intensificando ações que contribuem positivamente com o Programa Nacional de Alimentação Escolar”, disse o secretário Osvaldo Barreto.

 

 

“É motivo de muita felicidade receber os representantes de outros países para conhecer o nosso sistema de alimentação escolar. Pensamos tanto em melhorar, cada vez mais, a variedade dos produtos, como atentar para a elaboração, que é fundamental” - Osvaldo Barreto secretário.
 



Com o crescimento nos investimentos, o número de beneficiados aumentou e, com isso, a alimentação chega a todos os estudantes da rede estadual, incluindo ensino médio, escolas indígenas, quilombolas, de educação especial e  participantes do programa de educação integral. O objetivo é contribuir para o crescimento, desenvolvimento, aprendizagem e rendimento escolar do estudante, além de promover hábitos alimentares saudáveis.

Agricultura familiar As escolas da rede estadual contam com, pelos menos, 30% dos produtos oriundos da agricultura familiar, em cumprimento à Lei n° 11.947/2009, além de um mix de alimentos, que levam em consideração as características de cada região, com supervisão de uma equipe de nutricionistas. “É motivo de muita felicidade receber os representantes de outros países para conhecer o nosso sistema de alimentação escolar. Pensamos tanto em melhorar, cada vez mais, a variedade dos produtos, como atentar para a elaboração, que é fundamental”, considerou o secretário.

A associação entre alimentação escolar e agricultura familiar garante dois pilares importantes: a qualidade dos alimentos que vão estar na mesa do estudante e o desenvolvimento local sustentável. A iniciativa beneficia mais de 300 famílias, que possuem mais uma garantia de escoamento dos produtos.

Para facilitar o fornecimento, a Secretaria, em parceria com outros órgãos estaduais, criou um sistema de credenciamento, aprovado em audiência pública com a presença de representantes da sociedade, para permitir que fornecedores de todo o Estado possam participar dos processos de compra dos produtos. O credenciamento garante a democratização das verbas e mais agilidade no fornecimento dos alimentos.

Referência – A Secretaria já recebeu a visita de delegações de sete países interessados em conhecer a alimentação escolar nas escolas da rede estadual. Países como Mali, Haiti, Tanzânia e Senegal já estiveram na Bahia interessados na temática. “A maioria das delegações vem de países africanos. Algumas características em comum fazem com que eles se interessem pelas práticas da Bahia, a começar pela ancestralidade”, disse Elma Jambeiro, coordenadora de Alimentação Escolar da Secretaria da Educação. Saiba mais>>

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