Comunidade científica aprova projeto Ciência na Escola

O projeto Ciência na Escola foi apresentado, nesta quarta-feira (3/10), pelo secretário da Educação do Estado da Bahia, Osvaldo Barreto, para a Academia de Ciências da Bahia. No auditório da Fundação de Auxílio à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), membros da comunidade científica presentes ao encontro consideraram fundamental, para o desenvolvimento do país, o projeto criado para aumentar o envolvimento dos estudantes com os conhecimentos científicos.

“A Academia de Ciências da Bahia, envolvendo toda a comunidade científica baiana, tem que incluir a educação básica como prioridade, de forma orgânica, para o desenvolvimento da ciência no Estado”, disse o secretário Osvaldo Barreto. O projeto, criado pela Secretaria da Educação, é uma ferramenta de valorização do ambiente em que o estudante vive, permitindo que a escola introduza a criança e o jovem no seu mundo, no seu ambiente. “A nossa proposta é criar uma escola mais atrativa, mais agradável, que envolve o estudante com o seu processo de aprendizagem”, afirmou o secretário.

 

 

 

 

 

 

O presidente da Academia de Ciências da Bahia, Roberto Santos, falou da popularização da ciência nos meios de comunicação como um bem social que deve ser valorizado para que a iniciação científica comece já no ensino básico. “O Ciência na Escola é um projeto importante para que tenhamos essa inovação”, disse.

O médico Armênio Guimarães, professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, ressaltou que enxerga no projeto Ciência na Escola um meio importante para “consertar a base da pirâmide”. “A inserção da pesquisa científica na escola é fundamental para que possamos mudar as perspectivas da educação no país”, pontuou.

Projetos e prêmios – Durante sua apresentação, o secretário enfatizou as premiações e representações de estudantes da rede estadual em feiras nacionais e internacionais como a Febrace (USP), Ciência Jovem (Olinda-PE) e 64ª Reunião Anual da SBPC (São Luís). Um dos projetos de destaque, citado pelo secretário, é o de Sistema de Segurança para Fogões contra Acidentes Domésticos,  desenvolvido pelos estudantes do Colégio Nossa Senhora de Fátima, no município baiano de Fátima. O trabalho foi premiado pelo Febrace e patenteado. Hoje, o projeto está no setor de desenvolvimento da Tramontina.

“É muito válido o Ciência na Escola e o primeiro passo é sensibilizar o estudante para que ele tenha um novo olhar para a ciências”, afirmou a professora Érica Pinto, atualmente mestranda de Ensino em Biociências e Saúde, na Fiocruz, Rio de Janeiro. Ela, junto aos seus alunos do Colégio Estadual Polivalente de Miguel Calmon, premiada na I Feira de Ciência da Bahia, com o projeto para melhorar a composição da alimentação escolar do município a partir da rapadura feita à base de licuri. O projeto foi representar a Bahia na 17ª Feira Ciência Jovem, em Olinda.

O projeto Ciência na Escola inclui a formação de professores, realização anual da  Feira de Ciências e, também, a edição de livros e matérias didáticos focados na realidade baiana, como o recém-lançado livro “Bahia, Brasil – Espaço, Ambiente e Cultura”, que este ano  atende a 123.733 estudantes do ensino fundamental, em 500 escolas, com a participação de 921 professores de Ciências e 921 de Geografia. Em 2013, o material didático  atenderá a todos os estudantes do ensino fundamental, visando  incentivá-los a estudarem o espaço onde vivem, apreendendo, de forma integrada, conhecimentos das diversas áreas, como biologia, geografia, química, física e história.

 

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