Dia da Consciência Negra é celebrado nas escolas com diferentes atividades culturais

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Fotos: Claudionor Jr. - Ascom/Educação
Os estudantes da rede estadual de ensino das unidades escolares da capital e do interior do Estado comemoraram, nesta quarta-feira (20), o Dia da Consciência Negra com diversas atividades culturais, como apresentações de dança, música, poesia e teatro, além de palestra, roda de conversa e degustação de comidas típicas, entre outras. A data é uma referência à morte de Zumbi dos Palmares (1655-1695), que foi líder do Quilombo dos Palmares, e representa um símbolo de resistência e valorização da cultura e identidade do povo negro. 
 
No Colégio Estadual Ruben Dario, localizado no bairro de San Martin, em Salvador, foi recriado, em uma das áreas de convivência do colégio, um quilombo para que os estudantes visualizassem de perto o cenário de vida desses povos tradicionais. A data foi marcada também por performances de dança, música e teatro e pelo Desfile da Beleza Negra. O estudante Pablo Michel Silva, 18, 2° ano, aproveitou para mostrar o seu talento musical com a percussão, instrumento que toca desde os dez anos de idade. “Esta é a segunda vez que participo das comemorações do Dia da Consciência Negra e gosto muito da data, pois podemos mostrar para a sociedade que nós, jovens da periferia, temos muito talento e que merecemos respeito”.
 
Também localizado em Salvador, os estudantes do Colégio Estadual de Plataforma participaram do projeto “Juventude em evidência e resistência” e realizaram uma mostra científica e atividades como oficinas culturais, dramatizações, análise fílmica e estudo de leis educacionais com a temática. “Gosto muito de comemorar esta data e me integrei à programação da escola ministrando uma oficina de turbantes para evidenciar a beleza negra. Todos gostaram da atividade”, revelou o estudante Felipe Saraiva, 18, 2º ano. 
 
Já os estudantes do Colégio Estadual Maria José de Lima Silveira, em Jequié, participaram da culminância do projeto “Repensando nossas ações na educação, identidade afro-brasileira e indígena”, que trata das leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008, que tratam dos dois povos. A estudante Emily da Cruz Silva, 20, 3º ano, fez uma apresentação teatral para chamar a atenção sobre o preconceito racial. “Interpretamos uma cena teatral na qual enfatizamos a liberdade e a igualdade, envolvendo um viajante que sai do sertão para viver na cidade grande e que acaba sendo vítima de preconceito”, explicou.
 
 
No município de Itapetinga, os estudantes do Colégio Estadual Alfredo Dutra também comemoraram com muita dança, música, teatro e poesia. O estudante David Lima dos Santos, 18, 3º ano, fez uma performance de dança com as músicas “Perola negra”, de Daniela Mercury, e “They Don't Care About Us”, já interpretada por Michael Jackson e Olodum. “Esta foi a minha forma de celebrar a data através da dança e que reforça a importância da cultura e a identidade negra para a história do nosso país”, comentou.
 
As comemorações também foram realizadas no Colégio Estadual Presidente Médici, em Itabuna; no Centro Territorial de Educação Profissional de Irecê (CETEP); em Irecê; no Colégio Estadual Indígena Tupinambá, em Ilhéus; e no Colégio Estadual Professor Edgard Santos, em Governador Mangabeira, onde o tema abordado foi “Mulheres negras no Brasil: resistência, protagonismo e empoderamento”, entre outras unidades escolares.
 

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