Documentário Nkenda é exibido em escola estadual de Paripe

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Fotos: Lucas Rosário
A primeira exibição do documentário Nkenda aconteceu nesta quinta-feira (06), às 10h, na Escola Estadual Professor Carlos Barros, no bairro de Paripe, em Salvador. O documentário, selecionado pelo Edital de Mobilidade Artística 2018 da SecultBA, com apoio do Fundo de Cultura, foi produzido e roteirizado pela jovem Sabrina Andrade, 25, em novembro do ano passado na Nigéria, e agora a produção ganha espaço nas salas de aula e ambientes culturais da Bahia. 
 
Segundo Sabrina Andrade, o Fundo de Cultura e suas linhas de fomento são de extrema importância para impulsionar a cena artística e cultural da Bahia. “O Fundo, além de contribuir para a continuidade do fazer artístico de profissionais já estabelecidos no mercado, também dá a oportunidade para que os novos artistas e produtores culturais obtenham os recursos necessários para ampliar o alcance de seus trabalhos”, destacou.
 
O filme mergulha no processo de aceitação da religiosidade tradicional de Mary, uma mulher nigeriana que nasceu em uma família pentecostal, ao mesmo tempo em que a diretora saía em busca do seu próprio caminho interior. O encontro inesperado, tendo como elo as águas e Yemọjá, traz as memórias afetivas e ancestrais que pulsam em nossos corpos, em outros espaços, em outros céus.
 
Para o diretor da escola, Luciano Mello de Carvalho, atividades como a exibição do documentário são importantes, principalmente na área do Subúrbio, pois trazem um impacto para a realidade do estudante.  “Essa é uma oportunidade de trazermos mais cultura para dentro da escola e é imprescindível que essas ações ocorram, abrindo nova visão para os alunos”, disse.
 
A estudante Marcela Cruz, 16, que integra a turma do 2º ano, destacou que o filme “É interessante porque existe muita gente se privando de seguir uma religião só porque outras pessoas não gostam ou porque ela pode aparentemente não estar enquadrada em um modo de pensar social. Esse documentário traduz isso. É uma pessoa, uma personagem, buscando sua espiritualidade, praticando a sua fé”.
 
Bianca Santos, 17, também aluna do 2º ano, destacou também que o filme revela uma busca de fé. “Não é uma indicação do Cristianismo, Islamismo ou qualquer outra religião, mas é um filme que faz pensarmos na questão da intolerância religiosa e como essa falta de tolerância pode  impedir de entrarmos em contato com nossa essência, vontade e escolha”.
 
Nkenda vai ser exibido também nesta sexta-feira (29) para outras turmas do Colégio Estadual Professor Carlos Barros, em Paripe, e está com datas para exibição a serem fechadas no Colégio Estadual Cleriston Andrade, no bairro de Itacaranha, e no Colégio Estadual Edson Tenório de Albuquerque, em Paripe. A atividade é vinculada ao Edital de Mobilidade Artística e Cultural 2018, instrumento pelo qual foi possível realizar as gravações do filme na Nigéria, com apoio financeiro do Governo do Estado, Fundo de Cultura, e das secretarias da Fazenda (Sefaz) e de Cultura da Bahia (SecultBA).  Sabrina Andrade tem Bacharelado Interdisciplinar em Artes com ênfase em Cinema e Audiovisual.
 
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA)
Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura (SecultBA) e da Fazenda (Sefaz). O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais.

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