Educação Integral é realidade em mais de 50% das escolas

Ficar no colégio o dia todo pode até parecer cansativo para muita gente, mas para os alunos da Escola Estadual Professora Candolina, no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, o aprendizado se torna ainda mais interessante. O segredo para manter os estudantes na escola por mais de sete horas está nas atividades educativas complementares.

Em um turno, aulas regulares normais de português, matemática, química, biologia e outras disciplinas. No outro horário, atividades lúdicas, esportivas e inclusão digital. Quem participa dos cursos complementares almoça e lancha na própria escola. Os cursos são optativos e os alunos escolhem as atividades que mais se identificam.

Entre as aulas mais procuradas estão as de informática, dança e basquete. A unidade oferece ainda letramento, matemática, caratê e artes. Em todas, alunos de várias idades e séries se integram a um único objetivo: ter um bom desempenho escolar.

Foto: Carol Garcia / Secom-Ba
Foi em busca de bons resultados na sala de aula que o aluno do 6º ano, Cleiton Dias, 12 anos, se inscreveu no curso de letramento. No início do ano, suas notas em português não eram nada animadoras. “Tirava muitas notas baixas, mas desde que comecei a fazer o curso de letramento melhorei muito”.

O estudante do 8º ano Johne Cleiton Silva Santos, 15 anos, gostou tanto das atividades complementares que se inscreveu também no caratê. “Passei a me empenhar mais na escola e melhorei em português e matemática. Estou aproveitando ao máximo as atividades oferecidas pela escola”.

A satisfação não é só dos estudantes. Professores e pais de alunos dizem estar satisfeitos com os resultados obtidos por meio da educação integral, que, além de dar mais opções aos estudantes, consegue afastá-los das ruas e das drogas. A atividade já está presente na metade das escolas públicas do Estado.

A auxiliar de disciplina Luciana Costa Santos, 41 anos, mãe de uma aluna do 8º ano, afirmou que se sente mais tranquila ao saber que a filha passa o dia todo na escola. Segundo ela, o comportamento da garota dentro de casa melhorou bastante.

“Minha filha está aprendendo mais, se desenvolvendo bem nas atividades escolares. Outro ponto positivo é que ela fica longe das más companhias, passa a selecionar suas amizades. Fico tranquila e feliz por ela estar se preparando para o futuro”, disse Luciana.

Bom desempenho reflete no Índice de Desenvolvimento da Educação

O Programa Mais Educação, desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) e adotado pelo governo da Bahia desde 2009, tem apresentado bons resultados em todo o estado. No total, 350 mil estudantes são beneficiados. De acordo com o diretor da Escola Professora Candolina, Marinaldo Bezerra, o bom desempenho dos alunos refletiu no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2007 para medir a qualidade das escolas públicas do país.

Marinaldo explicou que a meta estabelecida para este ano era de 2.9. No entanto, a unidade superou as expectativas e obteve 3.5 na avaliação do MEC. “Esta pontuação alcançada este ano era a projetada apenas para 2013. Fico muito satisfeito, porque ultrapassamos a meta de 2012, atingindo a de 2013. Com base nesses números, tenho certeza que vale a pena as escolas aderirem e investirem na educação integral. Os resultados são satisfatórios”.

O programa aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas em macrocampos, como acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educomunicação, educação científica e educação econômica.

Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, além de referência de valores para equipamentos e materiais, que podem ser adquiridos pela própria unidade com os recursos repassados.

Fonte: Secom/Bahia

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