Engajamento de professores e projetos pedagógicos levam Colégio Estadual em Jacaraci a superar meta no IDEB

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O engajamento dos educadores, os projetos pedagógicos desenvolvidos e as avaliações de Língua Portuguesa e de Matemática aplicadas pelo Sistema de Avaliação Baiano de Educação (SABE) são alguns dos fatores que levaram o Colégio Estadual Zuleide Freire de Abreu, localizado em Jacaraci, a 708 km de Salvador, a superar a meta nacional de 4.3 para o Ensino Médio, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2019, com a pontuação de 4.6.Fundado em 1995, o colégio oferta apenas o Ensino Médio e, atualmente, possui 477 estudantes matriculados, divididos entre a sede do município e os anexos localizados nos distritos de Irundiara, São José, Itumerim e Vila Paiol.

Segundo a diretora do colégio, Edjane de Abreu, o desempenho no IDEB é resultado da parceria e de um trabalho pautado no compromisso e na dedicação dos professores, gestores e coordenadores. "Podemos apontar aqui inúmeros motivos que nos levaram a este resultado, mas gostaria de destacar dois. A mobilização da SEC com as avaliações do SABE foi crucial para o trabalho dos professores, que buscaram com empenho e dedicação novas estratégias de aprendizagem, além de instigarem o instinto de desafio nos estudantes a cada avaliação. Já o segundo motivo é justamente a parceria com a Secretaria Municipal de Educação, que está sempre nos apoiando, a exemplo da disponibilização de transporte para a realização de nossos projetos e outras iniciativas que mostram que não tem medido esforços para fazer da nossa Educação uma referência", ressaltou.

O estudante Thalls Oliveira, 19, que concluiu os estudos em 2019 e, hoje, cursa Matemática na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), destacou sua trajetória e declarou seu amor ao colégio. "A minha rotina de estudante durante os três anos foi de inspiração e muita gratidão, pois, a cada momento da nossa história, a presença dos profissionais da educação era marcada pelo esforço, dedicação, contribuição, amor e vontade de nos ver crescer mais e mais. Profissionais competentes vistos como mestres e pais que nos deram oportunidades para transformar os nossos conhecimentos e nos apoiar a transmitir o que realmente nos foi formado. Sou muito grato por ter vivido a minha história em um ensino público e bem sucedido,  graças a esse colégio maravilhoso", afirmou.

A professora de Língua Portuguesa, Silvia Bonfim, destacou alguns projetos desenvolvidos no colégio para garantir aos estudantes da região uma educação de qualidade. "Graças ao compromisso de toda a equipe, nos cinco lugares distintos, a educação vem sendo desenhada de modo efetivamente significativo. São propostas educativas que comungam com os projetos de vida dos estudantes e que vêm sendo cada vez mais desenvolvidas,  inclusive com trabalhos e pesquisas de campo, projetos interdisciplinares que buscam a articulação das disciplinas e áreas do saber e, também, o engajamento de todos e o despertamento para o protagonismo juvenil. Sempre são trabalhados os conhecimentos pedagógicos apresentados nas aulas e que buscam atender às competências e habilidades postas nos referenciais curriculares: a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o DCRB (Documento Referencial Curricular da Bahia)", pontuou.

Sobre o IDEB – O IDEB foi criado pelo governo federal para medir a qualidade do ensino nas escolas públicas. No Ensino Médio, a rede estadual de ensino saltou de 2,7 (2017) para 3,2 (2019). Este foi o melhor IDEB alcançado pela rede desde que o índice foi instituído, em 2007. Em termos relativos, percentuais, o IDEB da Bahia cresceu 18,5%, sendo o segundo maior crescimento do país. A Bahia também é um dos oito estados com aumento maior do IDEB, 0,5, maior do que a média nacional, que foi de 0,4.

O avanço também foi constatado nos ensinos Fundamental I e II da rede pública, que possuem ofertas pelas redes estadual e municipais. O IDEB demonstrou que, no Ensino Fundamental I (do 1º ao 5° ano), houve um crescimento de 4,7 (2017) para 4,9 (2019) e, no Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano), o desempenho foi ainda melhor, avançando de 3,4 (2017) para 3,8 (2019).

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