Experiências científicas da Escola Estadual Maria José de Lima Silveira são apresentadas na Argentina

Implantado na Escola Estadual Maria José de Lima Silveira, no município de Sobradinho (550 km de Salvador), o projeto Saúde de Qualidade conquistou um espaço maior do que o planejado quando foi idealizado na unidade. A iniciativa vem mobilizando a comunidade escolar, os moradores do município, órgãos públicos locais e, em novembro, foi apresentado no Congresso Ibero-Americano de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação, em Buenos Aires, capital da Argentina.
 
“Mostramos, por meio de um artigo, as nossas práticas educacionais no ensino de ciências, entre 2013 e 2014. Práticas que fundamentam o nosso projeto Saúde de Qualidade, também apresentado na edição 2014 da Feira de Ciências e Matemática da Bahia (Feciba)”, contou a professora de ciências Maria Aparecida Conceição Nunes, uma das responsáveis pelo projeto. Participam da iniciativa estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
 
O projeto engloba uma série de ações: a implantação de canteiros medicinais, curso de alimentação alternativa, curso de remédio caseiro e um levantamento do perfil de saúde dos estudantes. “Hoje, temos três canteiros medicinais, e a previsão é de implantar mais 12, sendo um deles no território indígena Truká. Além disso, vamos acompanhar mais de perto a saúde dos estudantes, a fim de verificar o impacto da alimentação alternativa e da utilização das plantas medicinais e dos remédios caseiros”, disse.
 
Impacto – Para Maria Aparecida, o projeto também tem impactos positivos no dia a dia da escola. “Seja pela implantação dos canteiros ou pela participação nos cursos, o projeto conseguiu aproximar ainda mais os pais da escola, e os estudantes assumiram outra postura no cotidiano da sala de aula”. Os alunos são corresponsáveis na implantação dos canteiros. “Isso reflete no comportamento deles. Os estudantes se tornam mais responsáveis e mais envolvidos com as atividades escolares, melhoram o rendimento escolar e modificam seus hábitos alimentares”, afirmou.

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