O desenvolvimento do projeto Escolas Culturais está abrindo as portas das escolas estaduais para as comunidades dos Territórios onde estão inseridas para a realização de ações de arte e cultura. Nesta quarta-feira (14) foi assim no Colégio Estadual Luiz Viana, em Salvador; no Colégio Estadual Coronel Olímpio Campinho, em Remanso; no Colégio Estadual Normal de Pintadas, em Pintadas; no Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães, em Tanhaçu e no Colégio Estadual Professor Magalhães Neto, no município de Ruy Barbosa. Em todas estas escolas, os estudantes protagonizaram apresentações nas mais distintas linguagens como música, dança e audiovisual, e receberam a visita de artistas locais.

 

No Colégio Estadual Luiz Viana foi realizada uma “Aula Espetáculo: e o Frevo Continua - Circuito Nordeste”, com a participação do cordelista e pedagogo Sergio Bahialista. No Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães, em Tanhaçu, as atividades voltadas para o audiovisual fizeram alusão do Novembro Negro. Com o nome “Encontros da Cultura Negra - Cine CEAM Especial”, a iniciativa promoveu o debate de temas como negritude, ancestralidade, representatividade e empoderamento. Já no Colégio Estadual Professor Magalhães Neto, em Ruy Barbosa, foi realizado o Sarau das Seis.

 

Em Remanso, os estudantes do Colégio Estadual Coronel Olímpio Campinho realizaram apresentações de percussão e dança, integrando a programação da Feira de Ciências. Já no município de Pintadas, os alunos do Colégio Estadual Normal de Pintadas, a partir da temática “De Repente no CENP”, foi realizada uma reflexão sobre o repente como manifestação e identidade cultural da região, além de apresentações de artistas locais e de estudantes.

 

O estudante do 2º ano do Ensino Médio, Tiago Rodrigues, 17 anos, contou sobre a participação no grupo de percussão e como o incentivo à música está sendo beneficiando seu aprendizado. “É um sonho realizado participar do grupo que integro há cinco meses, porque conseguimos mobilizar a unidade com a nossa música e sentimos que isto cria um ambiente legal”, disse.

 

Para o coordenador cultural, Romualdo Gusmão, do Colégio Estadual Normal de Pintadas, o projeto dinamiza o ambiente escolar fazendo a conexão das escolas com o seu entorno. “Este projeto sempre busca valorizar a identidade da região para que o estudante conheça sua realidade. Por isto, trouxemos hoje para a escola, o repentista Edilson Paulo dos Santos, conhecido como Zé Digão, para apresentar seu trabalho e falar um pouco desta rica manifestação artística, que contou também com trabalhos de alunos”, ressaltou.

 

E foi com o repente ‘Cidade de Pintadas’, que a estudante Hemille Macedo, 16, mostrou o seu conhecimento sobre a história do município. “Com esta mobilização de valorização da nossa cultura conseguimos nos reconhecer dentro das artes. Nossa composição é falando de locais e momentos históricos da cidade o que torna tudo muito especial para a gente. Ter uma artista local na escola falando e apresentando sua arte é uma grande influência e sem dúvida um incentivo enorme, por isso é essencial essa troca de experiências”, afirmou.

 

O projeto Escolas Culturais é desenvolvido em parceria com as secretarias estaduais da Cultura (Secult), de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e a Casa Civil. As unidades que recebem o projeto estão sendo requalificadas para o desenvolvimento de ações pedagógicas voltadas para a dança, música, literatura, inovação, para o audiovisual e o empreendedorismo, entre outras atividades. A iniciativa potencializa as experiências artísticas e culturais já existentes nas escolas e fomenta novas ações.