Com o objetivo de fortalecer a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em todo o Estado, a Secretaria da Educação do Estado promove, até esta quarta-feira (31), uma formação com gestores e coordenadores pedagógicos das unidades escolares dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE) que ofertam a EJA.  A atividade, iniciada na terça (30), visa garantir, também, a qualidade no atendimento de jovens e adultos nas escolas da rede estadual de ensino, que hoje conta com 121 mil estudantes matriculados.

 

O secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, participou da atividade na manhã desta quarta-feira e disse que pensar em EJA é promover a inclusão. “A Educação de Jovens e Adultos é uma missão nossa e não se pode abrir mão do direito que estas pessoas têm à Educação. Nós temos os dados do UNICEF de que 220 mil estudantes estão fora da escola e aí não estão os adultos. Então, nós estamos com energia e suor para queimar para quem está na rede e para quem está fora da rede, pois é mais difícil para quem está fora e, isso, não é responsabilidade apenas da secretaria. Tem que ter uma parceria com as prefeituras, movimentos sociais, sindicatos e o que for para não deixar esse público do lado de fora. E o chamado da secretaria é para isso, para fazer escuta, ouvir as críticas e nos unirmos nesta missão”, destacou.

 

A diretora de Educação e suas Modalidades, Tamires Souza, falou sobre as novas perspectivas para a EJA. “A ideia é compartilhar na rede experiências como a proposta de se trabalhar por temas geradores, a pedagogia de projetos e o protagonismo juvenil e adulto. Outra proposta é fazer uma chamada pública para mostrar para a população de idosos e adultos que não tem acesso e, muitas vezes, não conhece as ofertas da EJA, para a partir daí, aumentar o atendimento e incluir esses sujeitos no sistema educacional”, explicou.

 

A vice-diretora do Colégio Estadual de Pau da Lima, Marília Fontes, falou da importância do encontro. “Este diálogo é muito importante, porque a gente troca experiências com outros colegas para melhorar a atuação dos nossos professores na EJA, pois é preciso ter um outro olhar com esse sujeito trabalhador que passou muito tempo fora da escola e que, diante das mudanças no mundo hoje, necessita voltar a estudar”, afirmou.

 

A importância da EJA para a formação de jovens e adultos também foi ressaltada pela coordenadora da Educação de Jovens e Adultos, Isadora Sampaio. “A política de EJA foi consolidada há dez anos e vem de um processo evolutivo muito qualitativo. Desde a Semana Pedagógica que estamos tentando resgatar a EJA para deixar de ser um rótulo e sim uma ação efetiva para mostrar, verdadeiramente, a sua cara. Neste encontro, empoderamos as escolas dessa expertise sobre a EJA, identificando quem é esse sujeito e como trabalhar com ele”, disse.

 

Ofertas da EJA - A Educação de Jovens e Adultos (EJA) está dividida em três ofertas: Tempo de Aprender, Tempo Formativo e Tempo Juvenil. O Tempo de Aprender tem o formato semipresencial obedecendo uma lógica universitária na qual o estudante consegue montar sua grade curricular, a depender da demanda de trabalho que ele tenha. O Tempo Juvenil atende a jovens de 15 a 17 anos que já estão em distorção da idade série e que não atende mais a mesma dinâmica do ensino seriado do Ensino Fundamental. Já o Tempo Formativo, a maior oferta da rede estadual, consiste na redução do tempo do Ensino Médio em dois anos para que o estudante tenha um aproveitamento em menor tempo.