Mantendo a tradição, as escolas da rede estadual participam, nesta quinta-feira, do desfile do 2 de Julho, em comemoração aos 191 anos de lutas da Independência na Bahia, com as fanfarras e grupos de coreografia. Entre as dez instituições de ensino que vão participar do cortejo, está o Colégio Duque de Caxias, no bairro da Liberdade, que vai levar cerca de 60 pessoas entre estudantes e ex-alunos voluntários para caminhar da Lapinha até a Praça Castro Alves, no desfile marcado para as 8h. No final da tarde desta terça-feira (30), o grupo ensaiou parte do repertório que vai apresentar à população que for acompanhar o desfile.

 

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Segundo a diretora da unidade escolar, Eliete Silva, manter a tradição do 2 de Julho e da Fanfarra Duque de Caxias (Fanduc) é muito importante para a formação dos estudantes e envolvimento deles com a escola e com a comunidade. “Essa é a forma mais fácil de envolver o aluno, através da arte e da música. Eles desenvolvem atividades durante todo o ano letivo relacionadas à fanfarra. O 2 de Julho é um símbolo importante nessa história, quando eles podem apresentar o que ensaiaram e treinaram com tanta dedicação”, contou a diretora. 

 

Mudança de vida

 

 

Além de envolver os estudantes, a fanfarra mudou a vida de muito deles, como a do atual regente, Carlos Almeida, que é também ex-aluno. “Quando eu cheguei no Duque de Caxias eu não tinha vontade de estudar, cheguei a abandonar a escola, mas a direção da escola sempre acreditou em mim e foi por uma sugestão dos gestores que eu comecei a participar da fanfarra. Depois disso, minha história escolar mudou, me formei no ano passo e hoje sou estudante de Artes Cênicas”, contou emocionado sobre como a sua história está intimamente ligada à da Fanduc. 
 

Entre os alunos comandados por Carlos Show, como também é conhecido o regente, está Acredito que vamos além do que achamos que poderíamos”, estudante do primeiro ano do Ensino Médio, que apesar de estudar no turno da manhã, volta à escola durante as tardes para o ensaio. A paixão pela escola e pelas atividades fora das salas de aula fez com que ele voltasse para o Duque de Caxias, depois de se mudar para outro bairro com a família. Ele chegou a ser transferido para uma escola mais perto de casa, mas pediu a direção para voltar e hoje toca timbau na Fanduc. “Aqui eu fiz amigos, conheci pessoas novas, e ainda estou fazendo uma coisa que eu gosto. Antes eu ficava quieto, não tinha nada que eu gostasse muito, e hoje temos esse professor dedicado e que nos ensina demais. Acredito que vamos além do que achamos que poderíamos”, contou o estudante. 

 

 

 

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Fonte: Secom