Colégios de Salvador promovem atividades culturais na semana do Novembro Negro

 
 
 
 
 
 
 
Dentro da proposta do Novembro Negro, os colégios estaduais Rubem Dário, no bairro San Martin, Alfredo Magalhães, no Rio Vermelho e o Bolivar Santana, situado no Centro Administrativo da Bahia (CAB) promoveram, nesta quinta-feira (19), uma série de atividades culturais voltadas para a Consciência Negra, celebrada no dia 20 de novembro. Os estudantes participaram de oficinas, apresentações de dança, teatro, jogos, desfiles de beleza negra, recital de poesias, exibições de vídeos e degustação de comidas típicas.
 
Colégio Ruben Dário - Ao som dos batuques da Band’ Erê, que integra o grupo Ilê Aiyê, os estudantes do Colégio Estadual Rubem Dário se animaram na culminância do evento de valorização da Consciência Negra. Evidenciando o protagonismo juvenil, os alunos mostraram seus talentos artísticos interpretando cenas do filme baiano “Ó paí, Ó” e em apresentações de dança como o Hip Hop, com performances do grupo 3D Crew.
 
 
 
Fotos: Emerson Santos Ascom/Educação
Para Igor Libório, 22 anos, do 1° ano, um dos integrantes do 3D Crew, esta foi uma grande oportunidade de mostrar as suas habilidades com os movimentos de dança. “É muito bom ver a alegria e descontração dos colegas prestigiando o nosso Hip Hop”, disse o estudante. Beatriz Santos Carvalho, 14, do 6º ano, aprovou as apresentações. “O evento mostrou a diversidade da nossa cultura negra por meio da música, dança e teatro e foi muito bom”.
 
Um dos momentos mais aguardados foi o desfile de beleza negra com meninas e meninos e o concurso Garota Negra Linda. “Adorei desfilar porque foi uma forma de destacar e valorizar ainda mais a nossa beleza”, disse a estudante Ana Luiza Rocha, 17, do 3º ano. Já Lorena Teixeira, 15 anos, do 8º ano, aproveitou as oficinas de maquiagem e de cabelo para mudar o seu visual. “Gostei muito do resultado porque acentuou ainda mais os meus olhos e boca e, também, definiu mais os meus cachos”, comentou satisfeita, a estudante.
 
Parceria - A programação ainda contou com a presença de representantes do Instituto Acelino Popó Freitas, que é um das instituições parceiras do colégio, no qual os alunos são beneficiados com aulas de boxe. “Através desta parceria com a escola trabalhamos a inclusão social através do boxe e destacando ações de combate ao uso de drogas e bullying”, explicou o presidente do instituto, Eduardo Pimenta.
 
Colégio Alfredo Magalhães - O Colégio Estadual Alfredo Magalhães realizou a culminância do projeto interdisciplinar “África e Bahia, um olhar através da nossa ancestralidade”, que envolveu as áreas de Artes, História e Geografia. Por meio de um ambiente virtual do jogo Minecraft os estudantes simularam um quilombo que existiu no bairro Rio Vermelho durante o século XVII. Outro destaque foi o momento de exibição de vídeos, um sobre Diáspora Africana e outro sobre formas de resistência negra no Brasil escravagista. Além disso, houve degustação de comidas típicas como o abará, oficinas de máscaras africanas, desfile de beleza negra, recital de poemas e painel da identidade, onde os alunos contemplaram o reflexo de sua própria imagem no espelho.
 
Maria Antonia Gomes, que leciona História no colégio ressaltou que “o evento foi importante porque refletiu o que nós somos”. Segundo a diretora Maria Socorro Dantas, durante o processo de ensino e de aprendizagem os alunos construíram conhecimento e autonomia a partir da construção deste contexto educativo.
 
Colégio Bolivar Santana - Já o Colégio Estadual Bolivar Santana iniciou a culminância do projeto “Vista minha cor, reconheça meu valor”, que acontece até esta sexta-feira (20). Nesta ação, em forma de gincana, os estudantes abordaram a importância de personalidades negras como Nelson Mandela, Gilberto Gil, Aleijadinho e outros.
 
O evento contou com paródias, apresentações de dança, gritos de guerra e recital de poesias. Este foi o caso de Carolina Souza, 16 anos, do 1° ano, que recitou a poesia de sua equipe “Guerreiro da liberdade”. “A poesia fala sobre preconceito e valorização da história do negro”, destacou a estudante. A professora de História Graça Moura ressaltou que “o projeto foi essencial para fazer com que os alunos reconheçam o valor que o tem e representa na sociedade”.

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