O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado nesta quinta-feira (21), foi marcado pela beleza da poética estudantil, da arte teatral e da integração entre os estudantes e as famílias no Colégio Estadual Satélite, localizado no bairro de Piatã, em Salvador. Na unidade de ensino regular, que está completando 16 anos de fundação, estão matriculados cerca de 400 estudantes, sendo 90 têm necessidades educacionais específicas.

 

O evento foi iniciado com um momento cultural, protagonizado pelos estudantes Maria Rita Santos, 25, 8º ano, que tem Síndrome de Down, e Abimael Pereira, 18, 1º ano, que recitou a poesia “Dia Internacional da Síndrome de Down”, de sua autoria. Maria Rita apresentou um número de dança e Abimael recitou a poesia “Dia Internacional da Síndrome de Down”, de sua autoria. “Eu amo minha escola, meus professores, a diretora, a coordenadora pedagógica, das atividades que fazemos. Meus colegas são muito carinhosos comigo, conversam e me distraem”, contou Maria Rita. O encerramento ficou por conta da apresentação teatral do grupo Criando Asas.

 

O aluno Abimael falou sobre a sua experiência de conviver com colegas com deficiências. “Como eu digo na minha poesia, me dedico a lutar pela igualdade. Tudo que faço, os meus colegas com Síndrome de Down ou com outra deficiência, como cegueira, podem fazer também. Eles só precisam ser acolhidos e receber a nossa atenção e carinho. Não tem coisa melhor no mundo do que compartilhar amor e inclusão. Eu já nasci com o dom de ajudar as pessoas e estou sempre disponível para ajudar os meus colegas e esta é uma responsabilidade de todos. Estou achando muito importante este evento para multiplicarmos o valor da inclusão na nossa sociedade”.

 

A mãe de Miguel Pinheiro, 22, 3º ano, Solange Pinheiro, falou sobre o papel da escola na vida do filho. “Quando cheguei aqui no Satélite, já fiquei encantada com o espaço físico, envolvido de contato com a natureza. A proposta pedagógica é maravilhosa. Meu filho, que tem Síndrome de Down, desenvolveu muito aqui, tanto nas salas regulares, como na Sala Multifuncional. Aqui ele teve seu lado social desenvolvido, foi inserido, tem autonomia, independência e é bem acolhido”.

 

A atividade também contou com uma roda de conversa sobre “A importância da inclusão do estudante com Síndrome de Down na escola regular”. Segundo a  coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Satélite, Cláudia Pereira, a iniciativa pedagógica teve como objetivo promover a discussão em torno dos desafios da Educação Inclusiva, da importância da participação dos pais e do olhar para a escola como um espaço democrático, favorecendo a diversidade na medida em que acolhe as diferenças e garante a aprendizagem de todos os estudantes.