Educação em prisões é destaque de seminário estadual

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Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para discutir a educação e o trabalho como ações afirmativas para o desenvolvimento das pessoas privadas de liberdade, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia realiza, nestas segunda e terça-feira (26 e 27), o III Seminário Estadual de Educação e Prisões. Promovido em parceria com a Secretaria da Administração Penitenciaria e Ressocialização (Seap), o evento conta com a presença de gestores, coordenadores e agentes penitenciários das unidades prisionais, além de professores das unidades escolares, gestores e técnicos.
 
O seminário integra o Plano Estadual de Educação em Prisões, que organiza e orienta a implementação de ações para garantir o direito a educação e ao trabalho como direitos humanos. Na Bahia, existem 20 unidades prisionais, sendo que 19 possuem educação básica e ofertam a Educação de Jovens e Adultos (EJA), Ensino Fundamental e Ensino Médio, por meio de cooperação técnica entre as Secretaria da Educação do Estado e a Seap. A iniciativa beneficia 3 mil pessoas.
 
O Superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria da Educação, Ney Jorge Campello, acredita que “só se consegue a ressocialização com a educação integrada ao processo, onde o educador tem o papel fundamental na transformação de vida das pessoas em situação de privação de liberdade”, destaca.
 
Os coordenadores das unidades prisionais, além de trocarem informações, aproveitaram a ocasião para socializarem experiências exitosas. Este foi o caso do coordenador de Atividades Laboratoriais e Educacionais do Conjunto Penal de Teixeira de Freitas, Orlando Berbel. “Na nossa unidade os privados (as) de liberdade estão tendo aula de música através do projeto Orquestrando Ressocializações, onde eles aprendem a tocar violino e isso está contribuído para o desenvolvimento deles. Esse seminário é muito importante porque a gente passa a conhecer outros projetos desenvolvidos em outras unidades do Estado”, ressalta o coordenador.
 
O evento segue, nesta terça-feira (27), das 8h30 às 17h, com palestras, que dentre outros temas, abordarão a situação da “mulher privada de liberdade – a questão de gênero e suas implicações na/da privação de liberdade”. Também serão realizados debates e apresentações de trabalhos das unidades prisionais.

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