As escolas estaduais estão mobilizando os estudantes a participarem dos projetos de arte e cultura da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, que têm o objetivo de dinamizar o ambiente escolar e promover o protagonismo estudantil. Os estudantes estão participando de diferentes atividades, a exemplo de oficinas, com a orientação dos professores, e têm até o dia 17 de junho para inscreverem suas criações nas escolas onde estudam.

No Colégio Estadual Normal São Pedro, localizado no município de Macarani (505 km de Salvador), os estudantes do 3º ano participaram do projeto interdisciplinar Arte Viva. A proposta lúdica envolveu os projetos estruturantes Artes Visuais Estudantis (Ave), Tempos de Arte Literária (Tal) e o Festival Anual da Canção Estudantil (Face), onde eles estudaram sobre a Semana de Arte Moderna no Brasil. As obras de arte brasileiras e estrangeiras como pinturas e telas tiveram seus cenários reproduzidos em painéis através da caracterização dos alunos.

Este é o caso de João Amaral Sousa Filho, 16 anos, que se vestiu como o personagem que dá nome ao quadro expressionista “O Grito”, do pintor norueguês Edvard Munch. “Gostei muito de viver esse personagem porque é uma obra muito famosa. Esta atividade me inspirou a criar minhas obras para vários projetos que quero participar como o Produção de Vídeos Estudantis (Prove) e o Face”, diz o estudante, que já está com um poema pronto para inscrever na etapa escolar do projeto Tal.

Camilly Fernandes Brito, 17 anos, que já participou do Prove no ano passado também conta que a atividade serviu para pensar nas suas criações. “Eu apresentei sobre uma pintura do artista brasileiro Di Cavalcanti e foi muito legal. Agora estou animada e pensando qual projeto vou participar”, afirma a estudante.
 

Oficinas criativas
Atividades como oficinas também estão inspirando os estudantes no interior do Estado. No Colégio Estadual de Correntina (918 km da capital), os estudantes estão participando mensalmente de oficinas de leitura voltadas para os projetos estruturantes. “Nossos alunos estão tendo um bom desempenho e muitos deles já estão com suas criações prontas como cordéis, canções, coletâneas de fotos para Educação Patrimonial (Epa), além de coreografias”, destaca Rosângela Ferreira, vice-diretora do colégio.

Já no Colégio Estadual Democrático Ruy Barbosa, em Teixeira de Freiras (689 km de Salvador) as oficinas acontecem semanalmente desde o início do ano. “Os estudantes passam de duas a três horas em um dia da semana focados em atividades voltadas para os projetos de arte e cultura. Eles gostam muito porque saem da rotina de aulas tradicionais”, explica, Edjane Carvalho, vice-diretora da unidade, animada com o empenho dos alunos.