Escolas realizam atividades pela valorização da identidade étnico-racial

Palavras-chave:
As atividades alusivas ao Novembro Negro, mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20), estão mobilizando a comunidade escolar em várias cidades do interior. Por meio de palestras, rodas de conversa, exposições fotográficas e apresentações culturais, os estudantes abordam a Educação para as Relações Étnico-raciais, destacando questões como o respeito à diversidade e o combate ao preceito racial.
 
A comunidade escolar do Colégio Estadual Maria Evangelina Lima Santos, em Ipirá (200 km de Salvador), percorreu várias ruas da cidade durante a “caminhada da conscientização”, na última sexta (18). Eles carregaram cartazes e tocaram instrumentos confeccionados com materiais recicláveis para chamar a atenção de todos para a importância da data. As atividades continuaram na unidade escolar, com apresentações de dança, teatro, poesia, música e exposição com fotos de autores e líderes da resistência negra.
 
Fotos: Acervo pessoal
Uma mesa-redonda também foi realizada com o tema: “Vivências Negras”. Grupos organizados pelos estudantes realizaram ainda uma roda de samba.  Beatriz Carvalho Barreto, 17, 2º ano, líder de classe e uma das organizadoras do evento fala que este tipo de ação contribui para o despertar da cidadania. “Estou me sentindo empoderada a partir dos conhecimentos adquiridos com as pesquisas que fizemos. A escola é um lugar de resistência e precisamos conhecer nossas raízes para fortalecer o discurso. Fizemos um ótimo trabalho”, comemora.
 
No Colégio Estadual Manoel José de Andrade, localizado no município de Planaltino (321 km de Salvador), os estudantes participaram de um debate sobre a proposta de reforma do Ensino Médio, sistema de cotas e preconceito racial. O estudante Júlio Cesar Neves Júnior, 18, do 3º ano, fala sobre a importância da iniciativa para o processo de ensino e aprendizagem. “Estamos debatendo assuntos muito relevantes e destacando a importância do negro na sociedade. Uma das abordagens que mais chamou a atenção dos estudantes foi sobre o preconceito nas redes sociais”, aponta.
 
As atividades do Novembro Negro também estão sendo desenvolvidas por estudantes do Colégio Estadual Normal São Pedro, situado em Macarani (545 km da capital).

Notícias Relacionadas