Estado forma 111 merendeiras de Salvador e Lauro de Freitas e amplia qualidade da alimentação escolar

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Foto: divulgação
A preparação da alimentação escolar ganhou um ingrediente a mais para Josefa das Flores, 36 anos, uma das 111 merendeiras que foram certificadas, nesta terça-feira (13), pela Secretaria da Educação do Estado nos cursos de Agente de Alimentação Escolar e Auxiliar de Nutrição e Dietética, em solenidade realizada no Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Empreende Bahia, no bairro Água de Meninos, em Salvador. Para ela, o conhecimento adquirido contribuiu para elevar a sua escolaridade, mas, principalmente, para agregar valor a cada produto utilizado na cozinha para a alientação dos estudantes.
 
“Estou praticando o que aprendi, aproveitando melhor os alimentos e refletindo mais sobre a importância de uma alimentação nutritiva para as crianças”, afirmou Josefa das Flores. É no que também acredita a merendeira Priscila Gabriela da Conceição, de 32 anos, que ficou encantada com o aprendizado sobre os produtos orgânicos e está desenvolvendo um olhar empreendedor. “Pretendo aprofundar os conhecimentos para melhor atuar em escola e creches e, quem sabe, montar um negócio”, contou.
 
Com carga horária de 300 horas, os cursos de qualificação beneficiaram merendeiras de escolas estaduais e municipais dos Ensinos Fundamental e Médio de Salvador e Lauro de Freitas. A atividade, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), contou com aulas teóricas e práticas sobre reaproveitamento de alimentos, valorização de produtos da Agricultura Familiar, manuseio e armazenamento de produtos, a importância de um cardápio variado e o potencial nutritivo de ingredientes locais como raízes, ervas e frutas, a exemplo do umbu e da macaxeira. Moqueca de caju e bolo de abóbora com macaxeira estão entre as receitas trabalhadas pelas merendeiras.
 
O coordenador do curso, Carlos Orlando Teixeira de Oliveira, destaca que as merendeiras levaram o saber que já tinham e se apropriaram de novos conhecimentos, acrescentando mais técnica e repertório à prática. “Com o curso, elas podem elaborar cardápios diversificados, atentas ao potencial nutritivo de cada preparo”, explicou. José Augusto de Castro Tosato, coordenador executivo de Pesquisa, Inovação e Extensão Tecnológica da SDR, ressaltou a relevância do uso de produtos não industrializados na merenda escolar, a exemplo de frutas, vegetais e raízes. “Com a iniciativa, demos um salto qualitativo muito grande em direção ao melhor aproveitamento da produção da Agricultura Familiar por parte das merendeiras”, afirmou. 

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