Os estudantes do Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, localizado em Cajazeiras IV, em Salvador, participaram, nesta terça-feira (27), do I Seminário de Educação Inclusiva com o tema “Acolhimento: princípio à prática inclusiva”. A atividade teve o objetivo de informar e sensibilizar toda a comunidade escolar a respeito da temática.

 

Segundo a diretora do colégio, Firmina Viterbo, a realização do seminário partiu de uma demanda da própria unidade escolar. “Desde o início do ano letivo, a escola conta com uma sala multifuncional em funcionamento para atendimento a estudantes com deficiência física ou intelectual, pois atualmente temos cinco matriculados”, afirmou.

 

A estudante Maria Islane Silva, 16 anos, 1º ano do Ensino Médio, que possui deficiência física, disse que ficou muito feliz em saber da realização do seminário. “Me senti contemplada com as abordagens do tema, pois é algo da minha realidade. Além de eu e uma prima termos deficiência física, também tenho um amigo autista e é muito bom que esse tipo de discussão aconteça na escola para que todos possam conviver e respeitar as diferenças”, revelou.

 

A coordenadora pedagógica Luciene Santos, que foi uma das palestrantes, falou da importância do seminário. “Na minha palestra, eu esclareci sobre alguns mitos e verdades sobre deficiência visual. Uma delas é achar que pessoas com deficiência visual possuem uma audição mais desenvolvida e isso não é verdade”, esclareceu.

 

A idealizadora do seminário e professora da sala de Recursos Multifuncionais, Bárbara Ferreira, falou do objetivo do seminário. "O motivo principal do seminário foi a necessidade de levarmos informações sobre a educação inclusiva para os estudantes, familiares e comunidade externa. A presença de profissionais habilitados é uma das vertentes, pois precisamos de diálogo contínuo com as áreas de saúde, justiça e família, principalmente", afirmou a educadora. 

 

O vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMPED), Antônio Carlos Barbosa, que possui deficiência física, compartilhou um pouco de sua história de vida com os estudantes. “Foi muito interessante dialogar com os alunos, pois na minha época de estudos eu que tive que me adaptar à realidade da escola e, hoje, isso mudou, pois existe um processo de inclusão nas escolas e que é muito importante”, comentou.