Professores discutem reestruturação das provas de certificação para os ensinos Fundamental e Médio

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Foto: acervo pessoal


 
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Professores da rede estadual, que atuam nas Comissões Permanentes de Avaliação (CPA) – responsáveis pela aplicação dos exames de certificação para os ensinos Fundamental e Médio –, além de coordenadores pedagógicos e técnicos dos Núcleos Regionais de Educação (NRE), estão participando, até sexta-feira (11/12), em Salvador, da ‘Oficina Pedagógica para a Elaboração de Itens da CPA’. Como explicou a coordenadora do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), Rita de Cássia Oliveira, o encontro visa a elaboração das Matrizes de Referências (competências) para a organização do banco de itens (questões das provas) dos exames.   

“A atual discussão é parte do processo de reestruturação da política de certificação da Educação Básica no Estado da Bahia. Antes, cada comissão elaborava o seu banco de questões para a aplicação das provas. Agora, o nosso objetivo é que o Estado tenha um banco unificado, com uma construção coletiva, que esteja de acordo, também, com o direcionamento que a rede nacional nos sugere, com o intuito de qualificar e fortalecer o processo de certificação”, explica a coordenadora do EJA, destacando que a ação de elaboração dos bancos de itens está sendo feita em parceria com a Superintendência de Gestão da Informação Educacional (SGINF) e da Coordenação de Avaliação da Secretaria da Educação do Estado da Bahia.

A professora Olívia da Rocha Bezerra, do Colégio Estadual Professor Folk Rocha, no município de Barreiras, uma das participantes do encontro, afirmou que está entusiasmada com o processo de reestruturação da política de certificação da Educação Básica no Estado da Bahia. “Esta oficina é de fundamental importância porque as CPA, no sentido de contextualizar as questões das provas com base nas habilidades e competências. Ou seja, estamos aqui reconhecendo que o aluno, hoje, que faz as provas de certificação quer ter a chance de avançar nos seus estudos: fazer a prova do Enem e entrar nos bancos das universidades”.

Grupos de Trabalho
Os participantes desta formação continuada estão mobilizados dentro da discussão da Base Nacional Comum Curricular e das Matrizes de Referência, por meio de Grupos de Trabalho (GT), divididos por áreas de conhecimento: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação; Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências da natureza e suas Tecnologias. Uma das missões dos profissionais atuantes nos CPA é incluir as novas tecnologias na estruturação do exame de certificação.

“A atuação dos gestores, neste processo, também é fundamental. Eles precisam compreender que a certificação é apenas a finalização de um processo que envolve dez provas. Mas a EJA é muito mais do que isto, pois tem o princípio da inclusão e, portanto, a certificação não pode ser pensada como algo pontual. Trata-se de uma ação ampla, que envolve cursos, como o Tempo de Aprender e o Tempo Formativo”, destacou a diretora da SGINF, Cecília Menezes. A técnica do Núcleo Regional de Educação de Jacobina (NRE 16), Gilka Eliana Lima da Silva, por sua vez, acredita que os representantes dos NRE podem contribuir para a construção do processo de avaliação por área de conhecimento. “A gente precisa ver o sujeito que está fora da escola como um aluno e não apenas como candidato à prova de certificação”, pontua.

Avaliações
Nos exames de certificação para os ensinos Fundamental e Médio, as avaliações incluirão os componentes curriculares de Língua Portuguesa com Redação, Matemática, História, Geografia, Ciências e Língua Estrangeira Moderna (Ensino Fundamental); Língua Portuguesa com Redação e Literatura Brasileira, Língua Estrangeira Moderna, Matemática, História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Química, Física, Biologia (Ensino Médio).

O candidato pode realizar, mensalmente, três componentes curriculares, nos exames do Ensino Fundamental, e quatro nos exames de Ensino Médio, inclusive os alunos do curso regular, com reprovação no último ano dos referidos níveis. Os portadores de certificado de estudos realizados por, no mínimo, dois anos, em instituições legalmente constituídas, poderão solicitar a dispensa dos exames de certificação de Língua Estrangeira Moderna, fazendo a sua inclusão no histórico escolar.

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