Quase mil escolas da rede pública vão receber cisternas do programa de acesso à água para consumo humano

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Cerca de 14 mil pessoas do semiárido baiano terão acesso à água potável em casa. Nesta sexta-feira (19), o Governo da Bahia, em parceria com Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), lançou o novo edital do Programa Cisternas, que prevê a instalação de mais de 3,7 mil cisternas em 176 municípios da região. Com um investimento total de R$ 40,8 milhões, a iniciativa vai contratar entidades para implementar tecnologias sociais voltadas ao acesso à água para consumo humano. 
 
A solenidade, realizada no Centro Administrativo da Bahia (CAB) em Salvador, contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal, da secretária da Educação do Estado, Adélia Pinheiro, e outras autoridades. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades), em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social (MDS), integra o Programa Bahia Sem Fome.
 
Jerônimo Rodrigues destacou que o programa vai além da construção de cisternas. “Não é política apenas da fazer a obra, mas de unir as forças da comunidade, para compreender a importância de armazenar, tratar a água antes de usar. Esse programa ainda movimenta a economia da comunidade, porque os pedreiros e os ajudantes são da própria comunidade”, afirmou o governador. Ele ainda destacou que o empenho será contínuo. “As cisternas ajudam a comunidade a guardar a água. Mas, vamos trabalhar para que a água chegue permanente na casa das pessoas”, concluiu.
 
Presente no lançamento da chamada pública para seleção de entidades da sociedade civil para implantação de tecnologias de acesso à água, a secretária estadual da Educação, Adélia Pinheiro, falou sobre a importância do programa para a rede de ensino. “Participamos, hoje, do lançamento de um investimento muito importante do governo estadual, em parceria com o governo federal, no estabelecimento de cisternas, através do qual foram contempladas quase mil cisternas para unidades escolares públicas, estaduais e municipais, do Estado da Bahia, principalmente as que estão nas zonas rurais. Este investimento faz parte das políticas públicas de convivência com o semiárido. E dispor de cisterna com água de boa qualidade dentro das unidades escolares integra as estratégias de diminuição da evasão e do aumento de sucesso escolar entre crianças e jovens. Portanto, é mais uma ação importante, qualificada que se volta para cumprir o nosso compromisso com a educação pública de qualidade no Estado da Bahia”.
 
 
Implantação
 
O modelo de cisterna escolhido para ser implantado é o de placa, que é uma alternativa barata, prática e segura. Os equipamentos serão transferidos às populações rurais do semiárido por meio de treinamento em serviço, capacitando a própria comunidade para o aproveitamento da água da chuva, captada dos telhados. Do total de itens instalados, 969 serão para escolas, com 52 mil litros cada, e 2.748 cisternas de placas com capacidade para 16 mil litros para atender comunidades quilombolas e famílias da zona rural de municípios atingidos pela seca ou falta de água.
 
Lilian Rahal, secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, enfatizou a importância da ação para as comunidades beneficiadas. “Levar água potável para quem mais precisa não é apenas uma questão de fornecer um recurso fundamental. Mas, sim de promover desenvolvimento e qualidade de vida. Essa iniciativa não apenas alivia os desafios causados pela seca, mas também fortalece a segurança alimentar e nutricional nos territórios baianos, especialmente para famílias quilombolas e em situação de extrema pobreza”, ressaltou.
 
A principal missão é fortalecer as políticas de segurança alimentar e nutricional nos territórios baianos, além de contribuir para enfrentar os desafios causados pela seca na região. O programa, que existe desde 2003 e é financiado pelo MDS, visa promover o acesso à água tanto para consumo humano quanto para a produção de alimentos, através de tecnologias sociais simples e de baixo custo.
 
Edital
 
O edital será publicado no Diário Oficial. Os interessados em participar podem se inscrever até o dia 19 de fevereiro. A chamada pública tem como foco as famílias quilombolas e em situação de extrema pobreza, especialmente as chefiadas por mulheres e pessoas com deficiências. Além disso, escolas localizadas em áreas rurais também serão contempladas com a iniciativa, buscando garantir o acesso à água em locais afetados pela seca ou falta regular de água.
 
O território do estado da Bahia possui 69,7% de sua área na região semiárida, onde vivem populações tradicionais e agricultores familiares com indicadores sociais desafiadores e elevada insegurança alimentar e hídrica. Desde agosto de 2017, o Brasil conta com a Lei 21718/16, conhecida como Lei de Convivência com o Semiárido, orientando a promoção do desenvolvimento sustentável na região, visando a melhoria das condições de vida e a promoção da cidadania.
 
Com informações  SECOM/GOVBA

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